Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
18 de maio de 2024
Rádios

Produtores do Paraná estão desistindo do milho e investindo na soja

PALMAS

AgriculturaEconomiaGeral

por redação

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A queda nos preços está levando os produtores paranaenses a desistirem de investir no milho e ampliar a produção de soja no estado. Reflexo disso é a diminuição na área plantada de milho, sendo a menor da história, na safra de verão.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), houve uma queda de 24% na área, indo de 875,9 mil hectares para 669,8 mil hectares. Em consequência disso, a produção caiu de 7,1 milhões para 5,6 milhões de toneladas.

Outro ponto que faz com que o produtor acabe optando pela soja é que os estoques de pastagem estão muito elevados. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para 12 milhões de toneladas estocadas nesta virada de ano, podendo chegar a 15 milhões.

Segundo informações do Deral, em dezembro de 2012 a saca de 60 kg de milho era comercializada a R$ 26,92, enquanto no final do ano passado o preço era de apenas R$ 18,62, uma queda de 30,8%.

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Ainda de acordo com o Departamento, o milho safrinha também pode ter diminuição em sua área. Conforme os primeiros levantamentos, a redução será 9% com a produção fechando em 10,2 milhões de toneladas.

Outro estado que liga o sinal de alerta com relação à produção de milho, é Santa Catarina. O estado vizinho pode sofrer escassez do grão, em função da instalação de novas usinas de processamento de milho para produção de etanol no Centro-Oeste do Brasil, alerta o diretor geral da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo De Gouvêa.

Segundo ele, a situação pode se agravar e afetar significativamente a produção de aves e suínos, uma das principais atividades econômicas de Santa Catarina, visto que o insumo fundamental para a operação dessas cadeias produtivas é a ração, elaborada basicamente a partir de milho.

Outro temor dos produtores, é que, além de o estado não conseguir suprir sua própria demanda, a utilização do milho para produção de combustível poderá aumentar a necessidade do grão para as usinas, e dependendo da produção no Brasil e no exterior, afetará o custo para a produção de aves e suínos, abalando a competitividade das agroindústrias.

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Em contrapartida, o rendimento da safra de milho 2013/14 poderá ser recorde em Santa Catarina. O Governo local espera um rendimento de 7.075 kg/hectare, 3% maior do que na safra anterior. Com uma área plantada de 465 mil hectares, a expectativa de produção é de 3,2 milhões de toneladas, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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