Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
13 de maio de 2024
Rádios

Produtores de maçã de Palmas seguem aguardando maior apoio do governo do Paraná

Secretário da Agricultura do Estado reconhece que o Paraná faz muito pouco pela fruticultura palmense.

Agricultura

por Guilherme Zimermann

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Norberto Ortigara em palestra no município de Clevelândia (Foto: Arquivo/Rádio Club)
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Com uma redução gradativa na área dos pomares, a atividade da maçã de Palmas aguarda há anos por maior apoio por parte do governo do Paraná. O secretário da Agricultura do Estado, Norberto Ortigara, o mais longevo a ocupar o cargo, com quase 12 anos na função, reconhece que o Estado faz muito pouco pela fruticultura palmense.

Durante participação em um evento no município de Clevelândia, no final do mês de junho, Ortigara comentou sobre os números da agropecuária da microrregião de Palmas, que superou R$ 3 bilhões na última safra, de acordo com o relatório do Valor Bruto de Produção (VBP) divulgado recentemente pela Secretaria da Agricultura.

Na ocasião, o secretário foi questionado sobre o papel no Estado no apoio aos fruticultores de Palmas, assunto que já foi pauta de outras duas entrevistas realizadas pela Rádio Club com Ortigara nos anos de 2014 e 2018.

Ele pontuou que, apesar dos expressivos números do Paraná na produção de grãos, carnes e leite, há uma dívida com a horticultura, englobando frutas, legumes, verduras e flores. Afirmou que é um desafio, com o governo apostando e incentivando a produção de uvas, com projetos desenvolvidos na região, em Coronel Domingos Soares, Bituruna e Mariópolis, por exemplo.

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Considera que a produção de maçã no Paraná apresenta suas dificuldades, citando exemplos de regiões produtoras de Santa Catarina, como Videira, Fraiburgo e São Joaquim, como modelos a serem seguidos, além do investimento em novas variedades, como as que são desenvolvidas pela unidade de pesquisa do IDR-Paraná de Palmas.

Reconhecendo a necessidade de um maior empenho por parte dos produtores desta atividade, em comparação a outras, Ortigara pontua que um trabalho bem desenvolvido pode garantir uma boa renda ao agricultor, destacando que o governo nunca se omitiu de apoiar a fruticultura, mas admite que a cultura da maçã não teve evolução. “Pode pegar no meu pé […], você vai continuar sem resposta. De fato, a nossa atividade de maçã não evoluiu da mesma forma como evoluiu uma parte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, considerou o secretário. Ouça no player abaixo:

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