Preço das terras agrícolas sobe mais de 90% em Palmas

O preço das terras agrícolas subiu mais de 90% em Palmas no último ano. A valorização da soja e do milho foram os principais propulsores para esse aumento, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral).

As terras de classe A-III – classificação de solos aferida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) – que são voltadas ao plantio de grãos, tem valor médio de R$ 68,2 mil por hectare no município, valor 96% maior que o registrado em 2020, ficando acima também da média estadual, que foi de R$ 58,9 mil/há.

Terras de classe A-II, que possuem melhores condições de cultivo, possibilitando produtividades acima da média, tiveram valorização de quase 95%. As de classe A-IV, que possuem condições de produtividade limitadas, também voltadas ao cultivo de grãos e pastagem, apresentaram aumento de 96%.

Áreas de menor expressiva de produção agrícola, voltadas para plantio de pastagens e reflorestamento, como B-VII, e para áreas de preservação, como B-VIII, mais que dobraram de valor no último ano, de acordo com o levantamento do Deral.

Um dos responsáveis pelo estudo, o analista Carlos Hugo Winckler Godinho, avalia que a valorização de alguns dos principais produtos agrícolas do Paraná, como a soja, o milho e a carne bovina, puxaram também os preços das terras voltadas aos seus cultivos.

Em nível de Estado, aponta que regiões com melhores estruturas viárias, como o Oeste, por exemplo, apresentam os valores mais altos para a terra. Por outro lado, apesar do aumento no valor em dinheiro, as transações utilizando sacas de soja como moeda apresentam retração.

Dado o aumento no preço da commodity, a aquisição de áreas neste ano ficou na faixa de 500 a 2 mil sacas por alqueire, enquanto que em 2020, as negociações variavam de 900 a 2,5 mil sacas. Ouça no player abaixo: