No quarto dia de greve, três pontos de bloqueio são registrados em Francisco Beltrão
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por Francione Pruch
Ao término do quarto dia de mobilização dos caminhoneiros, em Francisco Beltrão já são registrados três pontos de bloqueios. Um em frente ao Posto Panorâmico, as margens da PR 483, o segundo no trevo de acesso ao município de Verê, na PR 180 e o terceiro no trevo de saída para Itapejara d’Oeste na rodovia PR 566.
O movimento se fortaleceu nas últimas horas e busca pressionar o governo a anunciar medidas para que a manifestação termine. Para o caminhoneiro Leandro, “a paralisação é pacífica, os veículos estamos segurando no Máximo 20 minutos para que eles tenham consciência do que está sendo feito. Estamos fazendo uma paralisação pacífica que não gere problema para ninguém, mas sim para que o governo. Vamos parar assim que a gente perceber que para nós está bom”.
Para outro caminhoneiro, cujo nome não será divulgado, afirma que a mobilização não é apenas da categoria e, sim da sociedade. “O povo está vindo, hoje à tarde, muitos empresários prestar apoio, o pessoal está sendo bem recebido aqui. Não é só dos caminhoneiros, mas sim da população brasileira. Não dá para aguentar mais essa atitude do governo, todo dia aumento de combustível, ainda vem fazer umas propostas indecentes. Então, para tudo ou vai ser a falência do Brasil”.
A categoria ganhou amplo apoio das entidades, principalmente o setor empresarial. Em Francisco Beltrão, na manhã de quinta-feira (24), mais de 400 empresários e colaboradores fizeram uma passeata ao decorrer da Avenida Júlio Assis Cavalheiro, carregado à bandeira do Brasil e faixas de apoio aos caminhoneiros.
Em muitos pontos de bloqueios é visível também o apoio dos agricultores. Na parte da noite, associados da AVISUD (Associação dos Avicultores Integrados do Sudoeste) se uniram a mobilização que acontece no trevo de acesso a cidade de Verê.
“Reunimos um grupo para estar junto aos caminhoneiros e abraçar uma causa que também é dos agricultores que necessitam de diesel, frete”, comenta o presidente da Avisud, Claudiney Colognese.
Caso o governo não apresente uma proposta plausível e que a categoria aceite, a mobilização deve ser intensificada nesta sexta-feira (25), principalmente com bloqueio geral de trânsito.
Enquanto isso, a falta de combustíveis, gás de cozinha e alguns alimentos são notáveis em estabelecimentos comerciais de Francisco Beltrão.