Com utilização de simulador, alunos sentem na pele as limitações de uma pessoa com 60 anos
Educação e Cultura
por Francione Pruch
A cada ano o número de idosos aumenta no Brasil. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 40 anos, a população idosa vai triplicar no país, chegando a 66 milhões, o que representaria 29,3 % da população. Com esse crescimento, aquece o mercado de saúde e movimenta profissões como a do cuidador de idoso.
No Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) de Francisco Beltrão, os alunos que integram o curso de cuidador de idoso contam com uma ferramenta que faz sentir na pele as limitações de quem está na terceira idade. É o Simulador Avançado de Efeitos de Velhice.
Para a instrutora Vanessa Pietrobon de Marco, os alunos aprendem a entendem as limitações. “Eles aprendem as limitações, a ter mais paciência frente aos cuidados que o idoso deve ter, a disponibilidade e lentidão do caminhar, alimentação”.
O equipamento é importado e consiste numa série de faixas redutoras de movimentos, óculos para limitação da visão e peso que simulam as limitações sofridas pelo corpo no decorrer dos anos.
A estudante Marta usou o equipamento e conta a sensação de ter mais de 60 anos. “A sensação é muito limitada tanto nas articulações, quanto na movimentação, na visão. A locomoção é muito difícil, o peso das pernas, braços”.
O simulador é de uso compartilhado entre as unidades do Senac e ficará em Francisco Beltrão por duas semanas. Segundo a coordenadora dos cursos de saúde da Senac, Luciani Demari o trabalho faz parte do cronograma do curso. “Ele é itinerante, vai para várias unidades e nas próximas duas semanas ficará aqui. Ele vai ampliar a visão do nosso aluno do momento que ele cuidar de uma pessoa idosa. A importância é vivenciar”.
Além do curso de cuidador de idoso, o simulador é utilizado para o curso de Balconista para farmácia e Técnico em enfermagem.