Três presos da penitenciária estadual de Beltrão não voltaram das festividades de fim de ano
Segurança
por redação
No final do ano, para as festividades de natal e ano-novo, 128 presos que cumprem pena no regime semiaberto da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, tiveram o benefício de passar as comemorações junto com os familiares, fora da prisão. Entretanto, todos deveriam voltar para a Penitenciária dia 04, e em alguns casos, no máximo até o dia 05 de janeiro. Porém três presos não se apresentaram depois de terem recebido o indulto de final de ano. As Portarias de Saída Temporária são regulamentadas pela Lei de Execução Penal e autorizadas pelos juízes das Varas de Execuções Penais de cada região. O benefício visa à ressocialização de presos, através do convívio familiar e da atribuição de mecanismos de recompensas e de aferição do senso de responsabilidade e disciplina do reeducando.
Segundo o diretor do estabelecimento, Marcos Andrade, a evasão é baixa no Sudoeste e ficou dentro da média, pois no ano passado dois detentos não tinham retornado.
No último ano, o índice de presos que não retornaram as unidades, após as saídas temporárias, foi de 5,5% em todo o Paraná.
É concedido apenas aos que, entre outros requisitos, cumprem pena em regime semiaberto (penúltimo estágio de cumprimento da pena) com autorização para saídas temporárias e aos que têm trabalho externo implementado ou deferido. Neste caso, é preciso que já tenham usufruído pelo menos uma saída especial nos últimos 12 meses.
Marcos diz que o número de presos que não retornam nas saídas temporárias está cada vez menor em virtude das oportunidades que o Estado oferece para eles levarem uma vida digna. “Agora estamos oferecendo um apoio maior aos presos, muita conversa com as famílias e conscientização. Há muitas parcerias e falta mão de obra pra oferecer para as empresas.”
Agora, os presos que não voltaram, são procurados da justiça, e quando forem recapturados, perderão o direito do regime semiaberto e ficarão fechados na penitenciária. “Essa atitude foi um vacilo dos detentos, porque eles estavam no processo final do cumprimento da pena. Mas agora, voltarão para a penitenciária e terão um agravante na ficha criminal”, finalizou.