Projeto pretende retomar a realização das Cavalhadas em Palmas/PR
Educação e Cultura
por redação
As Cavalhadas poderão ser retomadas em Palmas, sul do Paraná e com isso colocar o município no roteiro turístico nacional e criar oportunidades de expansão deste potencial local, através da festividade cultural e popular que outrora já esteve no calendário de eventos palmenses.
Visando buscar os subsídios para a retomada do evento, recentemente uma comitiva formada pelos vereadores de Palmas Márcio Margen Lima, Alberto Thaler e Cristien Galli, acompanhados da Deputada Leandre(PV) esteve em Pirinópolis, Goiás, para acompanhar as Cavalhadas, realizadas naquela localidade há 198 anos, bem como conhecer o projeto turístico da cidade.
Na ocasião foram recebidos pelo governador goiano, José Eliton; pelo prefeito de Pirinópololis, Nivaldo Melo; e pelo secretário municipal de Cultura João Luís Brandão. No Museu do Divino, puderam conhecer a história da festa, recebe 40 mil turistas e movimenta a economia da cidade e toda aquela região.
“Levar isso para Palmas, que já tem a experiência de vivenciar as cavalhadas, é investir em empregos, na economia, no crescimento e desenvolvimento da cidade”, disse ela. A proposta é levar o projeto para organismos de desenvolvimento do turismo do governo federal para viabilizar a retomada das festividades no sul paranaense.
No livro [a ser publicado] com o título: “Palmas, Terra do Povo Pé Vermelho, a autora, Profª Lucy Bortolini Nazaro faz menção a realização das Cavalhadas no município e no Paraná. No século XVI, as Cavalhadas tornaram-se espetáculos constantes, simbolizando as vitórias dos cristãos sobre os invasores. Foi de Portugal e Espanha que a tradição veio para o Brasil, tornando-se muito comum no período colonial.
Conforme a autora, sobre as cavalhadas no Paraná existem registros expressivos e notas significativas que demonstram a existência das tradições coloniais-brasileiras, que aqui se perpetuaram. E, em Palmas, sempre foram objeto de atenção por parte de estudiosos do folclore paranaense e brasileiro, pois mantiveram as características básicas, peculiares à festa tradicional e popular, numa viva evocação das lutas da Reconquista, onde se pode sentir o movimento, a coragem, a elegância, a força como meras potências das realidades que foram outrora de combates, de guerras de sangue e de morte.
Luta simulada, na qual os participantes, em número de vinte e quatro, representam, através de evoluções eqüestres, uma batalha de fundo religioso, que acaba sendo vencida pelos cristãos, após a Tomada do Castelo na praça e a Submissão dos Mouros ao Cristianismo.
Os Mouros são simbolizados pela cor vermelha e têm como emblema a lua crescente. Nesse vermelho há uma declaração de guerra, uma significação bélica ao lado do maravilhoso e da soberba do Oriente. Os Cristãos usam a cor azul e seu emblema é a cruz. No azul cristão há uma invocação mística, uma evocação à pureza da cor do céu. As lutas terminam sempre com a derrota e conversão dos Mouros. No final, se dá a festa de confraternização.