Prefeitos da região extinguem Consórcio Portal do Pinhão
AgriculturaGeral
por redação
Quase dois anos após a interrupção dos trabalhos da Patrulha do Campo por decisão do Governo do Paraná, o Consórcio Intermunicipal Portal do Pinhão, constituído entre os municípios de Bom Sucesso do Sul, Clevelândia, Mariópolis, Vitorino, Pato Branco e Palmas, foi extinto por decisão unânime dos integrantes, durante reunião realizada no final do mês de outubro.
O consórcio foi criado em janeiro de 2012, sendo que os trabalhos da patrulha rural iniciaram em meados do mesmo ano. No entanto, em novembro de 2014, quando o maquinário chegava ao município de Palmas para realizar a manutenção das estradas rurais, o Governo do Paraná ordenou que todos os trabalhos fossem paralisados.
Na época, a prefeitura municipal contestou a paralisação, alegando que já pagou mais de 90% do consórcio. Além disso, era de responsabilidade do Poder Executivo municipal o fornecimento do combustível, alojamento e alimentação para a equipe de funcionários, enquanto a patrulha estivesse atuando no município. O Governo do Estado justificou que os pagamentos feitos à empresa locadora do maquinário eram determinados a partir do número de horas trabalhadas, por isso, a suspensão dos trabalhos, mas garantia que os serviços seriam retomados no mês de janeiro de 2015, o que não aconteceu.
O RBJ procurou na época a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná – Codapar –, responsável pela supervisão do serviço, que informou que já estava prevista a pausa nos trabalhos das patrulhas, para uma avaliação dos serviços já realizados e um replanejamento de ações, para o ano de 2015. Segundo a Companhia seriam realizadas reuniões com todos os consórcios participantes do programa, para que não houvesse prejuízo aos municípios, que, ao exemplo de Palmas, que foi o último contemplado, já haviam efetuado o pagamento, mas não tiveram os serviços concluídos.
Já a Secretaria de Estado de Infraestrutura informava que as atividades da Patrulha do Campo seriam suspensas por dois meses, alegando que a suspensão atendia pedidos das próprias prefeituras que, normalmente, nos meses de novembro e dezembro diminuem ou paralisam as atividades. Conforme a Secretaria, aluguel das 30 Patrulhas que atendiam consórcios de todo o Estado, tinha vigência até março de 2015 e já havia dotação para a prorrogação dos contratos por mais dois anos. Mas, até hoje, os agricultores aguardam pelos serviços prometidos.