Participação feminina nas Engenharias cresce 37% no sudoeste do PR
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O número de Engenheiras aumentou 37% nos últimos anos no Sudoeste do Paraná. O número de profissionais registradas no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), passou de 9.609, em 2014 para 12.546 em 2018 nos 42 municípios da região.
Para o gerente da Regional Pato Branco do Crea-PR, Gilmar Ritter, a maior presença das mulheres deve-se a mudanças de comportamento na sociedade e também ao aumento do número de cursos na região. “São 23 cursos de Engenharia no Sudoeste, o que ampliou a possibilidade de ingresso das mulheres nas instituições acadêmicas”, relata.
Dos 17 inspetores regionais, cinco são mulheres. Dentre elas está a Coordenadora Regional do Colégio de Inspetores e Inspetora-Chefe da Inspetoria de Palmas, Karlize Posanske. Para ela, o aumento de mulheres nas Engenharias é consequência de muita luta. “Temos mulheres na diretoria do Crea-PR, em comitês e temos voz ativa nas discussões. Ressalva que ainda enfrentam alguns problemas de não acatamento de decisões técnicas e, até mesmo, situações assédio sexual” disse ela.
A Engenheira Agrônoma, Marlene de Lurdes Ferronato, Chefe da Inspetoria de Pato Branco do Crea-PR e professora doutora da UTFPR comparou o período estudante com as atuais turmas da universidade. “Quanto entrei na faculdade, a turma tinha três mulheres. Hoje, no curso de Agronomia da UTFPR em Pato Branco, as mulheres são praticamente metade das turmas”, ressalta.
Aponta a abertura do mercado de trabalho como uma das causas da maior participação feminina. “Anteriormente, as mulheres só trabalhavam nas áreas de pesquisa e educação. Ninguém contratava agrônomas para cooperativas, por exemplo. Agora, há muitas extensionistas, que trabalham diretamente com os produtores, nos aviários, na linha do meio ambiente, nas secretarias”.
Desde o início de 2017, o Crea-PR conta com o Comitê Mulheres, que objetiva fomentar o aumento da participação feminina nas decisões e em tudo que envolve o sistema Confea/Crea e as profissões da Engenharia, Agronomia e Geociências. Atualmente, o Comitê é coordenado pela engenheira agrônoma Márcia Laino, que, neste segundo semestre, tem liderado o trabalho do grupo na produção de uma cartilha contra o assédio no canteiro de obras.