Paraná precisa expandir polos de produção de madeira

A dificuldade para obtenção de matéria prima é um dos desafios enfrentados pelo setor florestal do Paraná. Não são raros os casos de empresas do ramo madeireiro precisarem buscar materiais para a produção em regiões com centenas de quilômetros de distância de seus parques fabris.

De acordo com o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal, Zaid Nasser, a entidade tem como um de seus principais projetos, o desenvolvimento de novos polos de produção de madeira no Estado. Para isso, é necessário o investimento pelo setor em tecnologia, visto que o espaço para ampliar da área plantada é limitado. Ouça no player abaixo:

Em entrevista à Rádio Club de Palmas, Sul do Estado, o dirigente também falou sobre a falta de políticas públicas específicas para o segmento, o que ele considera um entrave para o desenvolvimento do setor de florestas plantadas.

Ele aponta que dadas as particularidades do setor, os produtores encontram dificuldades para a obtenção de financiamentos e linhas de crédito, tanto para ampliar a produção, como para adquirir equipamentos.

Outro ponto abordado foi a conjuntura de incentivos e políticas públicas estaduais para a instalação de empresas. Nos últimos anos, muitas empresas do ramo madeireiro sediadas em Palmas expandiram seus parques fabris para outras regiões, principalmente no Estado de Santa Catarina.

Uma das justificativas seria a atuação de governos estaduais anteriores, que não ofereciam melhores condições para a ampliação de investimentos na região de Palmas. Para o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal, há muito tempo o Paraná oferta boas condições para investimentos, especialmente pela infraestrutura que o Estado oferece para o escoamento da produção.