Organismos ambientais alertam para a colheita consciente do pinhão
Meio Ambiente
por redação
Uma campanha para a colheita consciente do pinhão está sendo difundida nos municípios de Passos Maia e Ponte Serrada, Oeste de Santa Catarina. O objetivo é orientar coletadores e consumidores para que os frutos não sejam retirados e comercializados antes de estar maduros, garantindo alimento para os animais silvestres que vivem na região e a existências de florestas com araucárias.
A preocupação dos idealizadores da campanha – Instituto Espaço Silvestre, Associação Viçosense de Observadores de Aves e Save Brasil – é que nesta época do ano, o Parque Nacional das Araucárias (PNA), localizado entre os dois municípios, vira alvo dos comerciantes de pinhão.
Conforme a bióloga, Vanessa Tavares Kanaan, como os animais silvestres e a floresta de araucárias dependem do pinhão é importante que os frutos sejam coletados de maneira sustentável. Orientou também aos consumidores que só comprem pinhões maduros. Explicou que colher, transportar, comercializar, ter em depósito e expor à venda antecipadamente é crime ambiental. No Estado de Santa Catarina a coleta e comercialização só podem ser feitos a partir de primeiro de abril.
No Paraná
O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) todos os anos repete o alerta que a colheita e a comercialização do fruto somente é permitida no Estado a partir do dia 15 de abril. Também o órgão paranaense ressalta que é importante respeitar a maturação natural da pinha, pois além de ser nesse período que ocorre a proliferação da araucária, o fruto serve como alimento para diversas espécies da fauna.
O objetivo da regulamentação da colheita é garantir o consumo sustentável de forma a permitir a reprodução da araucária, árvore ameaçada de extinção e símbolo do Paraná. A pessoa que for flagrada vendendo pinhões estará sujeita a responder a processos administrativo e criminal, além de receber auto de infração ambiental e multa.