Nova técnica acelera produção de pinhão e incentiva o cultivo controlado da cultura

O período compreendido entre o mês de abril até o fim do inverno é o mais esperado para os trabalhadores que atuam na colheita e venda do pinhão e também pelos fãs do alimento. Nessa época, as margens das rodovias são tomadas por barracas, para a comercialização da semente.

No entanto, uma nova alternativa na cultura do pinhão está sendo desenvolvida pela Embrapa, o que possibilitará aos agricultores uma fonte de renda extra, com a viabilidade de até mesmo serem implantados pomares da árvore símbolo do Paraná.

A o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Ivar Wendling, conduz desde 2002 uma  série de estudos para a aceleração do crecimento e diminuição do tamanho dos pinheiros. Numa situação normal, a araucária começa a produzir frutos entre os 12 e 15 anos, com uma altura de 10 a 15 metros. Com as novas técnicas de enxertia, o tempo de produção cai para entre os 06 e 08 ano e as árvores crescem até os 2 metros de alturaa.

Para a criação das primeiras mudas, era necessário buscar enxertos nas copas dos pinheiros já adultos e em plena produção, para depois amarrá-los aos chamados “cavalos”, plantas com 1 ano de idade. Assim, a muda incorpora a idade da planta mais velha, acelerando a produção.

Posteriormente à esse processo, basta multiplicar os resultados utilizando o caule da planta enxertada. Na unidade da Embrapa, em Colombo, região metropolitana de Curitiba, está sendo estruturado um pomar, que servirá de banco genético para a produção de novos pinheiros.

Além da aceleração na produção, a técnica também permite a seleção de outras características como a época de inicio da produção, tamanho e valor nutricional dos pinhões. Havendo o cultivo na proporção recomendada, pode-se garantir produção durante o ano todo. O Paraná é o maior produtor de pinhão do Brasil. Em 2013 foram colhidas 4,6 mil toneladas da semente.