Muita chuva e frio prolongado afetam macieiras em Palmas
Pelo terceiro ano produtores da Capital Estadual da Maçã enfrentam condições adversas
Agricultura
Pelo terceiro ano consecutivo as condições climáticas devem afetar a produção e produtividade a safra 2022/2023 nas lavouras de maçãs de Palmas. O excesso de chuva e o frio prolongado geram preocupações aos produtores locais.
Conforme o Diretor Técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Maça(ABPM), Ivanir Dalanhol, excesso chuva na floração foi o primeiro revés para o cultivo. “Além da queda das flores, as que mantiveram-se nas plantas não foram polinizadas no tempo certo, pois as abelhas não saíram para realizar o processo natural. Isso já indica perdas nas variedades precoces”, explicou.
O produtor lamentou ainda o atípico d frio neste ano, que se prolonga para além do período necessário para a cultura. Como causa, as frutas caem e as que permanecem são afetadas pelo russeting, que afetam o aspecto visual da maçã que fica com aparência de ferrugem na casca depreciando comercialmente os frutos. Embora a sanidade não seja atingida, mas quando vai para a venda in natura, o preço cai muito pois os consumidores preferem exemplares coloridos e brilhosos.
Outra preocupação é que com as baixas temperaturas nos meses de outubro e novembro a ciclo normal de brotação das macieiras não acontece o que atinge as cultivares mais tardias como a Gala e a Fuji. “ Até chegar a colheita, não teremos produção e o que conseguirmos produzir será de baixa qualidade”, lamentou.
Ponderou que não se trata de uma condição apenas dos produtores da Capital Paranaense da Maçã, mas de toda a região produtora no sul do país. Relata que na condição de Diretor da ABPM tem visitado pomares em diversas regiões e o quadro é praticamente o mesmo. Aponta ainda que a situação semelhante é verificada na Europa, que já está na fase de colheita.” É o terceiro ano ruim para a fruticultura, não sei se vamos aguentar mais esse prejuízo”, considerou.