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Grupo RBJ de Comunicação,
03 de maio de 2024
Rádios

Movimento separatista propôs à AL gaúcha plebiscito

EconomiaGeralPolítica

por redação

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O Estado gaúcho está no meio de uma das piores crises econômicas de sua historia. Por este motivo um debate ideológico vem retomando corpo no Rio Grande do Sul. O mote desta discussão é: o separatismo político.

César Deuscher, um dos coordenadores do movimento faz um comparativo com o que ocorre na Espanha a muitos anos: “Não temos vínculo político, nós queremos mudar, e vamos ter este plebiscito em 2016”. Vamos começar com o Rio Grande do Sul e depois iremos englobar, Santa Catarina e Paraná. Hoje já temos garantidas mais de 700 cidades. Contamos com o apoio de mais de 80 mil pessoas”.

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Se este possível plebiscito ocorrer ele terá que ser organizado com todas as minúcias. Uma das exigências é que seja feito com cédulas de papel e depositadas nas tradicionais urnas de lona, que eram usadas antes do surgimento da urna eletrônica.

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Segundo César Deuscher, para uma mudança tão séria, usar o modelo de urna eletrônica não seria muito confiável. ”Não queremos nos envolver com a política que aí está, pois caso consigamos a independência, estaremos corrompidos pelos mesmos vícios e recriaremos um Brasil em miniatura. Nós não queremos isso”. A previsão é de que o plebiscito seja realizado no dia 2 de outubro, dia das eleições municipais de 2016.

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As idéias separatistas não são tão novas assim. Já houve a tentativa de criação do Estado do Iguaçu no final do século XX, uma nova unidade federativa que abrangeria o Oeste e Sudoeste do Paraná assim como o Oeste de Santa Catarina. É claro que na época não era para fazer uma separação do Brasil, apenas criar um novo estado. O projeto separatista tinha como base a breve existência do Território Federal do Iguaçu, durante o Estado Novo criado em 1943 sob o discurso da ocupação, e segurança das fronteiras com Paraguai e Argentina, a área foi reintegrada aos seus antigos estados na constituinte de 1946, mas a proposta voltou a ressurgir na década de 1960 com a constituição de um movimento pró divisão, que teve sua ação barrada em 1968 com a vigência do AI 5 e o cerceamento das liberdades durante o regime civil militar.

[Grupo RBJ de Comunicação] Movimento separatista propôs à AL gaúcha plebiscito — Consulta-Popular
Consulta-Popular
Com a chamada reabertura política, o movimento pró Iguaçu voltou à ativa e buscou efetuar sua proposta através da constituinte de 1988, o que não ocorreu. Vendo a idéia da criação do novo estado não ter continuidade, os organizadores do movimento tentaram eleger um deputado federal com o intuito de representar a proposta que criaria a nova unidade federativa através de um projeto parlamentar, o movimento obtém êxito no pleito de 1990, com a eleição de Edi Siliprandi (PTB) , este então apresenta o projeto 141/91 que propunha então um plebiscito na área do pretenso estado, e com uma resposta positiva à efetivação desta divisão com a instalação de uma capital e toda a estrutura administrativa cabível para uma unidade federativa. Porém, um grupo de políticos paranaenses e catarinenses contrários à ideia conseguiu impedir a consulta popular.

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