Justiça nega pedido de liberdade para ex-vereador de Abelardo Luz
Segurança
O policial civil e ex-vereador de Abelardo Luz, Oeste de Santa Catarina, Lucas Sernajoto preso desde o dia 19 de abril, foi interrogado na tarde de terça-feira (04), no Fórum da Comarca abelardense. Ele foi denunciado pelo Ministério Público em 10 atos criminais.
Conforme a denúncia, na noite de 17 de abril, Paulo Preto foi conduzido para Delegacia de Polícia de Abelardo Luz, após brigar e ameaçar sua esposa. Segundo o Ministério Público, Sernajoto, ao invés de orientar seu amigo, conduziu o mesmo para casa de parentes da vítima e incentivou a prática de violência.
A defesa do ex-vereador pediu absolvição do mesmo, alegando que ele sofre problemas psicológicos, faz uso de medicação controlada e deve passar por tratamento. Em seus depoimentos, Sernajoto e Preto admitiram ter ido a um bar da cidade, a bordo de uma viatura policial, onde ingeriram bebidas alcoólicas.
Ainda nos depoimentos, afirmaram que já na madrugada do dia 18 de abril, voltaram pra a Delegacia e trocaram de viatura. Com armas e munições, se deslocaram para o assentamento Roseli Nunes, onde efetuaram abordagens de pessoas e disparos com as referidas armas.
A defesa de Paulo Preto pediu a revogação da prisão preventiva do mesmo e teve visto favorável do Ministério Público e deferido pelo Juiz de Direito Emerson Carlos Citolin dos Santos.
Quanto ao pedido da defesa de Sernajoto, o Ministério Público se manifestou contrário a revogação e o Juiz negou o pedido da defesa.
Conforme informações do repórter Moacir Chaves, o magistrado explicou que a concessão de liberdade provisória a Paulo Preto se deu pois “num primeiro momento se deslumbrava uma desavença dentro da família, entre o marido e a esposa, onde permanece preso durante a instrução, mas após isso é solto por não revelar um risco eminente para a sociedade como um todo”. Já no caso de Sernajoto, “ele exercia a função de policial civil, vereador, foi prefeito interino, pessoa que a sociedade de Abelardo Luz depositava confiança e essa confiança foi traída e a conduta feita por ele é muito mais perigosa para a sociedade como um todo”.
Em liberdade provisória, Paulo Preto seguiu para casa de familiares. Por sua vez, Sernajoto permanece em cela especial no Presídio Regional de Chapecó, onde está a disposição da justiça. A sentença deve ser divulgada nos próximos dias.