Estação do IDR-Paraná de Palmas desenvolve novas técnicas para produção de maçã
Objetivo é ter plantas de baixa estatura e poucos galhos e folhas, mantendo a produção de frutos e facilitando o manejo.
Agricultura

A unidade de pesquisa do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), o antigo IAPAR de Palmas, segue trabalhando no desenvolvimento de novas cultivares e novos conceitos de manejo para a produção de maçãs.
![[Grupo RBJ de Comunicação] Estação do IDR-Paraná de Palmas desenvolve novas técnicas para produção de maçã](https://rbj.com.br/wp-content/uploads/2024/01/dsc-0465-1208x800.jpg)
Em entrevista à Rádio Club, o gestor da unidade, Wilson Schveiczrski, explica que o objetivo é fazer com que as plantas atinjam baixa estatura e tenham pouca estrutura de galhos e folhas, mantendo sua produção de frutos, facilitando o trabalho de colheita e aplicação de insumos.
Ele relata que a unidade tem investido há algum tempo em sistemas modernos de arquitetura de pomares, já em preparação para a mecanização da colheita dos frutos. Para isso, é necessário que a largura dos galhos seja reduzida, assim como a altura da planta.
![[Grupo RBJ de Comunicação] Estação do IDR-Paraná de Palmas desenvolve novas técnicas para produção de maçã](https://rbj.com.br/wp-content/uploads/2024/01/dsc-0454-1208x800.jpg)
Nos pomares tradicionais, conduzidos por meio de uma arquitetura de tronco líder central, as macieiras atingem mais de três metros de altura e galhos com mais de um metro de extensão, fatores que dificultam a colheita, exigindo o uso de escadas e, consequentemente, aumentando o custo da mão de obra.
Já no sistema em estudo na unidade do IDR, Schveiczrski explica que o conceito é o mesmo adotado na produção de uva. O método denominado Guyot é, basicamente, o de um “parreiral” em posição vertical, onde os galhos são conduzidos por meio de estruturas fixadas por palanques e arames.
![[Grupo RBJ de Comunicação] Estação do IDR-Paraná de Palmas desenvolve novas técnicas para produção de maçã — Wilson Schveiczrski (à direita) e o estagiário da unidade, Felipe Campos](https://rbj.com.br/wp-content/uploads/2024/01/dsc-0446-1208x800.jpg)
Dessa forma, a planta é forçada a produzir galhos na vertical, o que, agregado ao trabalho de poda e raleio, forma uma macieira pequena, de baixa estatura, mas com uma boa produtividade – em alguns casos, até superando os sistemas tradicionais de produção.
Outro ponto destacado por Schveiczrski é que por ser uma planta com pouca estrutura de galhos e folhas, a condição para o desenvolvimento de doenças, como a Mancha de Glomerella e a Sarna da Macieira, é reduzida, visto que os frutos mantêm contato direto com os raios solares. Além disso, acarreta na economia do uso de defensivos. Ouça a entrevista no player abaixo:
![[Grupo RBJ de Comunicação] Estação do IDR-Paraná de Palmas desenvolve novas técnicas para produção de maçã](https://rbj.com.br/wp-content/uploads/2024/01/dsc-0471-1208x800.jpg)
Os trabalhos de pesquisa do IDR de Palmas estão recebendo o acompanhamento do engenheiro agrônomo Felipe Silva Campos, que desenvolve um projeto de estágio junto ao Instituto. Natural do Estado do Rio de Janeiro, ele concluiu a sua graduação no Campus Laranjeiras do Sul da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), ingressando há quatro meses no programa de estágio do IDR.
Ele explica que um dos seus trabalhos é a coleta de dados sobre os projetos de pesquisa da estação. Um dos levantamentos é sobre a produtividade dos pomares em arquitetura moderna, em comparação aos sistemas tradicionais. Além disso, o desempenho dos porta-enxertos também é tema de pesquisa.
Antecipou que para 2024, devem ser intensificados os estudos para a implantação de um projeto de produção de mirtilos, além do estudo de plantas genótipas. O engenheiro agrônomo explica que uma planta genótipa que ainda não é uma variedade. Todos os seus aspectos são estudados e melhorados, para que ela possa se tornar uma variedade comercial.
Para isso, características como qualidade de fruto, sabor, produtividade e, principalmente, resistência a doenças, são temas de estudo para o desenvolvimento de novas variedades. Ouça a entrevista no player abaixo: