Embrapa aponta potenciais de Palmas na área energética
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou na última semana, o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PlantarFlorestas). Através de reuniões e consultas ao setor madeireira, entidades representativas, órgãos governamentais e sociedade civil, foram elencadas ações previstas para os próximos dez ano, objetivando aumentar em 2 milhões de hectares a área de florestas plantadas no Brasil.
Em entrevista à Rádio Club de Palmas, Sul do Paraná, o pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Florestas, Erich Schaitza, fez uma retrospectiva do desenvolvimento do plano, destacando alguns dos seus pontos principais, como a organização e o suporte para o setor florestal, levantamento de informações estratégicas, atenção à defesa sanitária e fomento ao cultivo.
Atualmente, a área de florestas plantadas no Brasil chega a 10 milhões de hectares, parte desse total no Paraná. Salienta que o Estado, por já ter se estabelecido no uso do solo, não deverá apresentar um aumento expressivo na sua área plantada. “O que nós, paranaenses, temos de potencial é o melhoramento da nossa produtividade e rentabilidade”, aponta.
Para isso, avalia que é necessário haver uma facilitação de processos burocráticos, por meio do replanejamento fiscal do Estado, e também a integração da produção silvícola com outras cadeias produtivas, como a construção civil. “Em Palmas é produzida madeira de pinus serrada. Um dos pontos do Plano Nacional é a resolução de gargalos de uso de madeira na construção civil, como no Minha Casa, Minha Vida. Dessa forma, na medida que aumenta a demanda, imediatamente há um efeito sobre o preço e da remuneração da madeira”, analisa.
Geração de energia
Dentro das potencialidades da silvicultura, Schaitza destaca a geração de bioenergia, área prioritária para investimentos industriais, de acordo com o Plano Nacional de Florestas. “Palmas é pioneira em geração de energias renováveis, por meio de seu parque eólico, e também pode ser uma pioneira na geração de energia a partir de resíduos florestais”, considera.
Ouça a entrevista na íntegra: