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02 de maio de 2024
Rádios

Eleitores palmenses e os votos para presidente: de 1989 a 2018

Cotidiano

por Guilherme Zimermann

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Nas últimas sete eleições, a preferência do eleitorado palmense variou entre diferentes perfis
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[Grupo RBJ de Comunicação] Eleitores palmenses e os votos para presidente: de 1989 a 2018 — Nas últimas sete eleições, a preferência do eleitorado palmense variou entre diferentes perfis
Nas últimas sete eleições, a preferência do eleitorado palmense variou entre diferentes perfis

Com mais de 20 nomes apresentando-se como pré-candidatos à presidência da República, em quem os eleitores de Palmas, Sul do Paraná, irão votar em 2018?

Historicamente, a preferência da maioria do eleitorado do município tem variado entre o novo e o burocrata, entre o carismático e o tradicional. O ano de 2018 é cercado por expectativas por conta das eleições gerais marcadas para o mês de outubro. Desde o último pleito, em 2014, o Brasil viu uma presidente da República sofrer um impeachment, um presidente da Câmara dos Deputados cassado e preso, um ex-presidente da República condenado à prisão, um ex-deputado do Paraná recebendo uma mala de dinheiro, presidentes das maiores empreiteiras do país serem presos, os donos da maior produtora de carne do mundo confessando esquemas criminosos, inclusive com gravações de encontro obscuro com o atual presidente da República, além de diversos outros fatos.

Na Operação Lava Jato, iniciada em março de 2014, já foram mais de 1,7 mil procedimentos instaurados, cumpridos 953 mandados de busca e apreensão, 227 de condução coercitiva, 103 de prisão preventiva, 188 condenações, que somam mais de 1,8 mil anos de pena, isso sem citar outras operações, como Zelotes, Acrônimo, Esfinge, Carne Fraca e tantas mais.

Diante desse cenário, levantamento do Setor de Estatísticas do Departamento de Jornalismo da Rádio Club/RBJ apresenta os resultados das eleições presidenciais em Palmas desde 1989, buscando retratar um perfil dos eleitores do município e como ele pode se refletir no pleito deste ano.

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1989 – 1ª eleição direta após a ditadura

Após de mais de 20 anos sob o regime militar, o país ia às urnas para a escolha de seu presidente. Ao todo, 22 candidatos disputaram os votos dos brasileiros. Até o aprensentador Silvio Santos entrou no páreo, mas teve sua candidatura impugnada por irregularidades no registro de seu partido. Aquela também foi a primeira eleição na qual uma mulher disputou a presidência – a advogada mineira Lívia Maria, pelo Partido Nacionalista (PN).

Como não podia ser diferente, velhos medalhões, como Leonel Brizola,  Paulo Maluf, Ulysses Guimarães, Mário Covas, também estavam na disputa.

Porém, um candidato jovem, adepto da prática esportiva, extremamente comunicativo e com um discurso voltado ao combate à corrupção e aos altos índices inflacionárias da época, começou a campanha com desempenho tímido, que cresceu exponencialmente, levando-o à liderança no primeiro turno e a vitória no segundo turno sobre o então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Assim, Fernando Collor de Mello, do PRN (atual PTC), tornou-se o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura militar.

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Em Palmas, Collor liderou no primeiro turno, com 6.013 votos, o equivalente a 38,9% dos votos válidos. Foi seguido por Brizola, que obteve 4,3 mil votos. O terceiro mais votado no município foi o candidato do Partido Liberal (PL), Guilherme Affif Domingos, com 1,4 mil votos. Lula foi apenas o 6º mais votado em Palmas, com 587.

No segundo turno, Collor chegou a mais de 10,2 mil votos em Palmas, enquanto que Lula contabilizou cerca de 5,3 mil. Ao todo, Collor venceu com mais de 35 milhões de votos, com 31 milhões de Lula.

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1994 – Eleição após impeachment de Collor e Plano Real

Em 03 de outubro de 1994, os eleitores de Palmas foram às urnas para mais uma eleição presidencial. Nove candidatos buscavam a faixa de presidente. Lula e Brizola estavam na disputa de novo. De Santa Catarina, Esperidião Amin, tentava sair da cadeira de senador para a de presidente do país. Porém, o ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), utilizando a nova moeda – o Real – como seu principal produto de propaganda, foi o escolhido pela maioria do eleitorado. Venceu no primeiro turno, com 54,2 dos votos%.

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Em Palmas, “FHC” obteve 8,3 mil, quase 60% dos votos. Lula foi segundo, com pouco mais de 3,21 mil.

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1998 – FHC reeleito

Marcado pela privatização de estatais de diversos setores, Fernando Henrique Cardoso buscou a reeleição baseando seu discurso na continuidade do governo para que a estabilização da economia atingisse outros setores, estabelecendo metas para as áreas de saúde, agricultura, emprego, educação e segurança.

Porém, até então não era permitida a reeleição à cargos executivos. Por isso, pouco antes do pleito foi aprovado um projeto de emenda constitucional permitindo a reeleição. Muito se discutiu sobre a constitucionalidade do projeto e, posteriormente, parlamentares da base aliada do governo admitiram ter vendido seus votos pela aprovação da emenda.

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Ao todo, 12 candidatos se apresentaram como postulantes à presidência. Em Palmas, FHC liderou novamente, com 6,6 mil votos. o candidato do PT, Lula, conseguiu 4,3 mil votos. Em terceiro ficou Ciro Gomes, com 1,3 mil.

Com 53% dos votos válidos em todo o país, FHC foi reeleito em primeiro turno para mais quatro anos como presidente.

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2002 – Inicio da Era Lula

A eleição presidencial de 2002 ocorreu em dois turnos. O primeiro aconteceu em 6 de outubro de 2002 e o segundo, no dia 27 do mesmo mês. Após três tentativas frustradas, Lula conseguiu eleger-se presidente com quase 53 milhões de votos.

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Pela primeira vez, o petista alcançou maioria entre o eleitorado palmense. No primeiro turno foram quase 8,3 mil votos, contra 4,1 mil de José Serra, o segundo mais votado. No segundo turno, Lula chegou a 9,6 mil e Serra a 5,9 mil.

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2006 – Lula reeleito

Com 58,2 milhões de votos, Lula venceu o 2º turno das eleições presidenciais de 2006 contra o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, sendo reeleito para mais quatro anos de governo.

No primeiro turno, Lula venceu em dezesseis estados, predominantemente nas regiões Norte e Nordeste e Alckmin venceu nos outros dez estados e no Distrito Federal.

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Em Palmas, a maioria do eleitorado manifestou preferência pelo candidato peessedebista. No 1º turno, Alckmin conquistou quase 11,2 mil votos. Lula contabilizou pouco mais de 7 mil. Já no 2º, Alckimin perdeu votos, mas ficou na frente ainda.

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2010 – Dilma presidente

Realizada em dois turnos, a eleição presidencial de 2010 levou, pela primeira vez, uma mulher ao principal cargo da nação. Dilma Roussef (PT), ex-ministra nos governos Lula, liderou o primeiro turno com 46,9% do votos, e foi vencedora no 2º, com 56%, contra José Serra (PSDB).

Entre os palmenses, Dilma também venceu. No primeiro turno foram 10,3 mil votos, contra 8,3 mil de Serra. No 2º turno, Dilma conquistou 10,4 mil e Serra, 9,5 mil.

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2014 – Dilma de novo

Na eleição mais disputada desde a redemocratização, Dilma foi reeleita no segundo turno com mais de 54 milhões de votos –  51,64% dos votos válidos. Seu adversário foi Aécio Neves (PSDB).

Aquele pleito foi marcado pela morte do candidato Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em um acidente aéreo no dia 13 de agosto de 2014. Cinco dias depois, o PSB anunciou que Marina Silva substituiria Eduardo na disputa pela presidência.

No primeiro turno, Dilma obteve 41,6% dos votos válidos. Aécio foi o segundo, com 33,5%. Marina Silva, chegou a 21%.

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Em Palmas, entretanto, Aécio venceu no primeiro turno, com 9,6 mil votos. Dilma chegou perto, com 9,2 mil. Marina Silva recebeu 1,4 mil votos. Já no 2º turno, Dilma liderou, com 10,5 mil votos. Aécio foi escolhido por 10,2 mil.

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2018 – ?

Mais de 20 personalidades aparecem entre indicações de partidos ou em manifestações de interesse em participar da disputa para ocupar o principal cargo da nação. Na última eleição geral, em 2014, de todas as pré-candidaturas, 11 realmente disputaram o pleito.

Com candidaturas que levam as faixas da direita e outras da esquerda, alguns vão pelo meio – ou centro, como gostam de se declarar – tentando um discurso diferenciado.

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Segundo o calendário eleitoral, os interessados em ingressar em algum partido ou trocar de sigla para concorrer neste ano, têm até 07 de abril. Já o registro das candidatura deve ser efetivado até 15 de agosto.

Matéria do RBJ, publicada no inicio deste mês, apresenta a lista dos pré-candidatos à presidência do Brasil. Acesse:

+ Presidência da República já tem mais de 20 pré-candidatos

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