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Grupo RBJ de Comunicação,
02 de maio de 2024
Rádios

“É pecado grave usar o nome de Deus para justificar a violência”, exorta presidente da CNBB

Religião

por Guilherme Zimermann

DomSergio
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[Grupo RBJ de Comunicação]

“É pecado grave usar o nome de Deus ou qualquer religião para praticar ou justificar a violência”. A exortação faz parte da reflexão do arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, no folheto O Povo de Deus deste domingo (25). Em seu texto, o cardeal lamenta que muitos católicos têm compartilhado e alimentado agressividade nas redes sociais, e lembra que “escutar a voz de Jesus implica em viver no amor fraterno”.

Comentando o Evangelho do dia, sobre a Transfiguração do Senhor, dom Sergio destaca o convite de Deus para escutar a voz de Jesus e indica a Quaresma como “tempo especial de conversão em preparação para a Páscoa”, e que deve ser vivido através da caridade, como ensina a Igreja.

A Campanha da Fraternidade (CF) está entre os principais meios de vivência do amor ao próximo na Quaresma, segundo o presidente da CNBB: “Ela é um meio especial para a conversão e a verdadeira caridade”.

O cardeal ressalta que muitas iniciativas podem ser desenvolvidas para alcançar os objetivos da CF deste ano e que cada um pode dar a sua contribuição “para superar a violência e construir a fraternidade e paz nos ambientes em que vive”. Mas lamenta a agressividade crescente “compartilhada e alimentada por muitos católicos nas redes sociais”.

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Conclama o presidente da CNBB: “Diga não à violência nas redes sociais! Não compartilhe conteúdos ofensivos e desrespeitosos. Não participe de grupos de WhatsApp ou de outras redes sociais que disseminam fofocas, fazem linchamento moral e críticas destrutivas, atingindo até mesmo a Igreja”.

Para o cardeal, é lamentável que haja pessoas ou grupos que se dizem cristãos ou católicos recorrendo à violência para fazer valer a sua opinião e interesses: “É pecado grave usar o nome de Deus ou qualquer religião para praticar ou justificar a violência”, exorta.

“Quem escuta a voz de Jesus Cristo não alimenta, nem reproduz a violência disseminada na sociedade. Ao contrário, contribui para a paz, através do respeito e do diálogo, da misericórdia e do perdão. Quem escuta a voz de Jesus testemunha a sua palavra “Vós sois todos irmãos”, jamais tratando o outro que pensa diferente como um inimigo a ser combatido, mas como um irmão a ser amando, se necessário com a correção fraterna e o perdão. A paz é dom de Deus a ser compartilhado nesta Quaresma”, finaliza.

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