Dom Edgar retoma pauta da crise climática e os impactos no Sudoeste do Paraná

O Bispo de Palmas e Francisco Beltrão retomou a pauta da crise ambiental e o impacto na região Sudoeste do Estado, que compreende a respectiva Diocese. A manifestação de Dom Edgar, em seu artigo semanal, está baseada na Exortação Apostólica Laudate Deum – “Louvai a Deus” – sobre a crise climática.  O tema vem sendo frequentemente abordado  pelo Bispo e alertando para   a necessidade de cuidado com o meio ambiente, a busca pela sustentabilidade e o perigo da ganância como ameaça ao meio ambiente no Sudoeste do Paraná.

No último final de semana, 08 de Dezembro, ao sugerir a leitura da publicação pelo Papa, Dom Edgar Ertl  pontuou que a “região do Sudoeste do Paraná, lugar em que habitamos está completa, infelizmente, nas estatísticas presentes e futuras, de gravíssimas crises climáticas. Já tivemos um propedêutico nos últimos meses. O tema é sério e profundo”, frisou.

Ao considerar a dimensão global, reiterou que por muito que se tente negá-los, escondê-los, dissimulá-los ou relativizá-los, os sinais da mudança climática impõem-se de forma cada vez mais evidente.

Citou o calor anormal, seca e outros gemidos da terra que são apenas algumas expressões palpáveis duma doença silenciosa que nos afeta a todos. “É verdade que nem todas as catástrofes se podem atribuir à alteração climática global. Mas é possível verificar que certas mudanças climáticas, induzidas pelo homem, aumentam significativamente a probabilidade de fenômenos extremos mais frequentes e mais intensos. Considerou ainda sobre tentativa de resistência à realidade e  a tentava de minimização dos efeitos da crise.

Anteriormente, Dom Edgar já havia pautado sua reflexão  com esta mesma preocupação. No ano passado chamou atenção para a alteração da natureza dos espaços rurais com a desfiguração natural das áreas. “Tenho escutado que os desmontes dos elevados e aterros de fontes d’agua, córregos e sangas se justificam pela necessidade da produção de alimentos, caso contrário teríamos pessoas passando fome. Isso beira ao absurdo”, pontua. Enfatiza que no mundo não faltam alimentos, mas partilha equitativa.