Colheita de maçã em Palmas chega ao fim

Produtores encerraram no final de semana a colheita da maçã (2022/2023) nos pomares de Palmas, com redução de aproximadamente 6%, em relação a safra passada. Frio prolongado no final do ano passado afetou os 15 produtores que cultivam uma área de pouco mais de 286 hectares.

A variedade gala, que utiliza 131 hectares, teve produção de 3.770 toneladas. A Fuji, que ocupa 141 hectares registrou 3.689 toneladas e, as variedades precoces, especialmente a Eva, outras 510 toneladas. Na safra 2021/2022, os produtores palmenses haviam colhido 8,4 mil toneladas, volume 34% menos que a safra anterior.
A área de cultivo deste ano também diminuiu em relação a safra passada. Mesmo assim, Palmas mantém 31% da área cultivada do Estado do Paraná.

Conforme o Diretor Técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã(ABPM), Ivanir Dalanhol, que também é produtor em Palmas e Guarapuava, o principal impacto foi clima adverso durante o ciclo de desenvolvimento dos frutos em 2022. “Tivemos temperaturas baixas que vigoraram até o mês de novembro, quase que clima de Outono. Isso prejudicou o crescimento dos frutos, afetando a produtividade, principalmente na variedade Gala. Pomares que renderiam quatro mil toneladas, colheram apenas mil toneladas”, explicou.

Esta condição, conforme ele, afetou os pomares de todas as regiões produtoras do país, que devem fechar a safra com um volume 30% menor que a anterior. Outro fator, que afeta o valor de mercado, é a falta de uma maior coloração para os frutos. “A fruta está muito boa com relação a sabor e crocância, mas o clima não favoreceu para uma cor mais atraente para o consumidor”, disse ele.

A produção palmense, que ainda não foi comercializada, segue armazenada e gradativamente vai passando pelo processo de classificação e embalagem.

Os dados desta safra, devem servir de base para o cálculo do Valor Básico de Produção(VBP) do município, elaborado pelo Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento.