Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
02 de maio de 2024
Rádios

Animais sofrem com estampido dos fogos de artifícios

Saúde

por Islan Roque

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O ser humano ouve no intervalo entre 16 e 20.000 Hertz, já o cão, ouve de 10 a 40.000 Hertz.

Com a proximidade das festas de final de ano, o tutor de cão ou gato precisa se preocupar não somente com a alimentação, como também cuidar do ambiente, para que a época, considerada uma das mais alegres do ano, não se transforme em momentos de estresse, tanto para ele quanto para o animal que, cada vez mais inserido nas famílias, acaba participando das comemorações.

Do cardápio que é servido na ceia, não se deve oferecer nada para o animal. Além de não ser própria para eles, estes alimentos estão carregados muitas vezes de gordura e outras substâncias que podem causar distúrbios digestivos graves. Bebidas alcoólicas são extremamente nocivas para os animais e o consumo pode ser fatal.

Em relação ao barulho dos fogos de artifícios, para os pets, o ideal seria não acontecer. Algumas cidades já possuem leis proibindo o uso de fogos de artifício com barulho. Em Francisco Beltrão o Projeto de Lei número 006/2019 de autoria do Vereador José Carlos Kniphoff, pedia a proibição de manuseio, utilização, queima e soltura de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito ruidoso. O projeto acabou sendo retirado da pauta para melhor estudo e ao que parece acabou no esquecimento dos nobres vereadores.

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Muitos municípios brasileiros, provando que o grau de civilidade de um povo está diretamente relacionado com a forma que tratam seus animais, permitem somente a utilização dos fogos luminosos e silenciosos, ou seja, sem estampidos em respeito aos animais, crianças e idosos.

Por possuírem ouvidos sensíveis e potentes, o barulho dos fogos de artifícios deixam os animais estressados e atordoados. O ser humano ouve no intervalo entre 16 e 20.000 Hertz, já o cão, ouve de 10 a 40.000 Hertz. A capacidade auditiva de um cão é quase quatro vezes maior.

Dicas para amenizar o sofrimento dos animais que não conseguirão escapar dos rojões:

– Não se deve deixar os cães acorrentados, pois ao ouvirem os fogos de artifícios eles entram em pânico e podem acabar se sufocando. Mantenha o local seguro, livre de objetos que possam machucá-lo.

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– Nas residências que possuem piscinas é necessário cobri-la para evitar que animais assustados caiam e se afoguem nela. Mesmo sabendo nadar, se o nível da água estiver baixo, eles não conseguirão sair sozinhos.

– Portas e janelas precisam ficar trancadas para evitar fuga e atropelamento.

– É importante manter os cães com comportamento mais agressivos separados, pois com o barulho ruidoso, eles podem se assustar e brigar entre si.

– A ração deve ser oferecida num período bem distante do momento da queima dos fogos de artifícios.  Com muito alimento no estômago, o animal pode ter problemas de digestão e até uma torção gástrica, caso entre em pânico.

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– Se o animal é do tipo que fica muito descontrolado, até com taquicardia, deve-se pedir ao veterinário de confiança a indicação de ansiolíticos.

“No momento dos fogos de artifícios, para os animais que ficam dentro de casa é aconselhável manter o local bem adequado, com um som alto vindo da televisão ou de música ambiente. O tutor deve agir naturalmente e com tranquilidade. Caso o animal queira se esconder, deve-se permitir, sem forçá-lo a ficar no colo. Colocar algodão nos ouvidos para abafar o som é uma alternativa, lembrando que é preciso retirá-los depois”.

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