Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
05 de maio de 2024
Rádios

Superpopulação de javalis na região é tema de reportagem em rede nacional

Geral

por Guilherme Zimermann

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Problema enfrentado há longa data pelos produtores rurais de Ponte Serrada, Passos Maia, Água Doce, Vargeão, Faxinal dos Guedes, Irani e Vargem Bonita, oeste de Santa Catarina, foi tema de reportagem produzida pela Rede Record de televisão e exibida em rede nacional, onde foi abordado o crescimento descontrolado da população de javalis, além dos prejuízos causados aos agricultores.

Segundo estimativa da Polícia Ambiental catarinense, mais de 12 mil animais vivem num raio de 100 Km² e essa população pode dobrar num período de 4 anos.  Os javalis chegaram à região vindos do Uruguai, trazidos por alguns criadores que depois soltaram cerca de dez animais, para caçar. Neste período, os javalis começaram a se reproduzir até ganhar a proporção atual. Os animais existentes na região são da espécie exótica invasora Sus scrofa, que provoca elevados prejuízos às lavouras, especialmente de cereais. Vivem em varas (bandos) de até 50 indivíduos. Esses animais selvagens atacam todas as lavouras, principalmente milho, feijão, soja, trigo, pastagens, etc. e, numa noite, destroem completamente vários hectares de área. Com a falta de sementes na mata, eles saem para buscar comida nas plantações. Quando não encontram, chegam a atacar animais.

Nos últimos seis anos os produtores catarinenses sofrem de forma mais intensa com a ação dos javalis. Os animais atacam as lavouras já a partir do plantio. Além de pisotear a plantação, permanecem no local se alimentando até a maturação dos grãos.

Os javalis podem transmitir doenças economicamente graves como a peste suína africana, peste suína clássica e febre aftosa. São considerados espécies “exóticas” (portanto, não protegidas por leis ambientais), porque cruzam com porcos domésticos e até outros animais selvagens, como porco de mato, o que gera filhos conhecidos com “javaporcos”. As fêmeas produzem em média duas ninhadas por ano e uma média de oito filhotes em cada uma. Por isso, o controle se torna difícil. O macho adulto pesa entre 150 e 200 quilos e a fêmea entre 50 e 100 quilos.

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Para diminuir a população, ainda em 2012 foi liberada a caça controlada. Os órgãos ambientais e a Polícia Militar Ambiental orientam que apenas profissionais e caçadores registrados e licenciados façam o abate dos animais. Os interessados devem pedir autorização da Polícia Ambiental. Para solicitar, devem enviar documentos da arma e dados sobre a área da caça, além de possuir cadastro junto ao IBAMA e prestar contas ao órgão, regularmente.

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