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Grupo RBJ de Comunicação,
14 de maio de 2024
Rádios

Sindicombustíveis-PR emite nota de esclarecimento

Geral

por Everton Leite

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O Sindicombustíveis-PR enviou à redação da Rádio Onda Sul FM uma nota de esclarecimento sobre o levantamento feito pelo Procon de Francisco Beltrão, e de acordo com o relatório, a segunda maior média de lucros dos postos de combustíveis da cidade, e sobre a recomendação de redução dos lucros, consequentemente, dos preços praticados na bomba. Confira na íntegra a nota: 

“Em relação às recentes notícias veiculadas em Francisco Beltrão sobre o mercado de combustíveis, o Sindicombustíveis-PR esclarece:

A culpa dos altos preços não é dos postos. O segmento sofre tanto com esta alta como toda a sociedade, uma vez que preços altos inibem o consumo e prejudicam toda a economia.

Em todo o Brasil os preços estão elevados, devido a uma soma de fatores: carga brutal de impostos (federais e estaduais), à nova política de preços da Petrobras e aos repasses das distribuidoras.

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No caso da gasolina, por exemplo, o peso dos impostos é de quase metade do valor pago nas bombas.

A nova política de preços da Petrobras também é responsável direta pelos aumentos, uma vez que  passou a realizar alterações de preço quase diárias, com forte viés de alta.

Outro ponto é a influência das distribuidoras de combustíveis. Os postos não compram seus produtos diretamente das refinarias. Compram das distribuidoras. Estas grandes companhias, de maneira geral, tem repassados os aumentos das refinarias com agilidade, ao mesmo tempo que demoram ou não repassam as baixas.

Além disso, as distribuidoras praticam preços diferentes para cidades diferentes, mesmo que próximas. Até mesmo dentro de uma mesma cidade as companhias distribuidoras vendem aos postos combustíveis com outros preços, conforme bairro ou região. Como o mercado é livre, isto é possível e ocorre com frequência.

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Outros fatores são os custos que cada cidade oferece, que vão do transporte do produto e aluguel do ponto até seguros, além do volume de venda.

Entendemos assim que é uma grande injustiça direcionar exclusivamente aos postos, que também são vítimas, os questionamentos sobre as altas nos preços. Estes questionamentos devem ser dirigidos também ao governo federal, Petrobras e distribuidoras.

Os postos representam o último elo até o combustível chegar ao consumidor final, e por isso são o lado mais exposto.

Mas fica evidente que os postos são também o agente com menor poder econômico – e por consequência – menor poder de interferência na variação de preços.

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Lembramos ainda que não existe tabelamento de preços no Brasil. O mercado é regido pela livre concorrência. Dentro deste quadro, cada posto de gasolina tem liberdade para formular seu preço conforme seus custos – como aluguel do ponto comercial, seguros, segurança e muitos outro itens.

Sendo assim, o Sindicombustíveis-PR vê com grande preocupação as divulgações realizadas em Francisco Beltrão, na qual se chegou a falar em estipular margem de lucro máxima das empresas.

Por fim, salientamos que eventuais irregularidades devem ser sempre fiscalizadas, mas com o devido cuidado de não realizar generalizações e acusa indevidamente todo o segmento”.

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