Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
01 de maio de 2024
Rádios

Sesc traz à Pato Branco a história dos almanaques de farmácia

Geral

por redação

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Os almanaques de farmácia estão de volta! Com a exposição “Tempo de Almanaque”, o Sesc PR, conta a história dos pequenos livretos que já incentivaram a venda de perfumes e remédios, divulgaram hábitos de higiene, colaboraram com a prevenção de doenças e com o saneamento urbano, além de servirem como passatempo e material de leitura.

Pato Branco receberá a exposição no período de 31 de março a 22 de maio. Todo o material que compõe a exposição é resultado da coleção da cuiabana, doutora em Literaturas de Língua Portuguesa e pós-doutoranda em Literatura Comparada, Yasmin Nadaf. Desde pequena, ela coleciona gibis, periódicos, livros e almanaques diversos.

Além da exposição, serão disponibilizadas visitas monitoradas e oficinas direcionadas. Para as escolas da rede municipal, o agendamento é realizado na Secretaria Municipal de Educação e, para as escolas particulares, da rede estadual e demais grupos, o agendamento é feito no Sesc, em Pato Branco.

Em 2014, a exposição percorreu cinco cidades paranaenses e reuniu um público de mais de 25 mil expectadores. Além de Pato Branco, a exposição e as oficinas já passaram pela cidade de Paranaguá e, até o fim do ano, Jacarezinho, Apucarana e Ivaiporã receberão o projeto.

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Almanaques

Os almanaques de farmácia já ocuparam lugar de destaque nos lares brasileiros. Tanto é verdade que alguns exemplares vinham acompanhados por barbantes, para serem pendurados em paredes ou portas, ao alcance da família.

Estas publicações cumpriram, durante décadas, a função de informar e entreter. “Os almanaques faziam, por vezes, o papel de cartilha, auxiliando adultos e crianças na alfabetização e no aprendizado da leitura, ou atuavam como agentes de civilização e progresso, divulgando novos hábitos de higiene e colaborando com a prevenção de doenças e o saneamento urbano. Informações úteis eram reunidas ainda a jogos, textos literários, calendários, propagandas, cartas de leitores e passatempos”, revela Gabriela Varanda, autora do catálogo que é entregue aos visitantes da exposição.

O retrato da mulher

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Yasmin também destaca que a mulher foi o principal público leitor dos almanaques e a elas e ao universo feminino foram dedicadas muitas das capas das publicações.

Estes folhetins acompanharam também as mudanças da sociedade. As conquistas femininas, o direito ao voto e o fato da mulher começar a trabalhar fora de casa são retratados nos livretos da década de 1930. Já nos anos de 1940, na era de ouro do cinema americano, as capas mostravam os corpos femininos delineados e, a partir de 1950, a mulher moderna é aquela que acumula funções dentro e fora de casa. “É a imagem da esposa bonita, bem-sucedida e dedicada”, destaca Gabriela.

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