Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
06 de maio de 2024
Rádios

Reunião técnica deverá discutir superpopulação de javalis no Parque das Araucárias

Prejuizo!

Meio Ambiente

por redação

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O problema enfrentado por produtores rurais de Ponte Serrada, Passos Maia, Água Doce, Vargeão, Faxinal dos Guedes, Irani e Vargem Bonita,  que estão sofrendo prejuízos com o ataque de javalis em suas plantações, estará sendo discutido em um evento técnico que reunirá pesquisadores da área e pessoas interessadas no assunto.

A informação é do analisa ambiental, Antonio de Almeida Correia Junior do escritório do  ICMBio, em Palmas, sul do Paraná, que é responsável pelas Unidades de Conservação Federais, dentre as quais, o Parque Nacional das Araucárias, onde estima-se vivam três mil javalis, numa área de 12.841 hectares.

Conforme Correia Junior, que é o chefe da Estação Ecológica Mata Preta, em Abelardo Luz, na unidade sob sua responsabilidade não há incidência do animal em situação alarmante como ocorre no Parque das Araucárias e nas propriedades rurais do entorno.

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Conforme levantamento técnico  com a escassez de alimentos, os javalis  migram destruindo as lavouras de milho, hortas e até criatórios de aves e suínos.Os pesquisadores deverão estar apresentando os relatórios sobre o problema, para posteriomente, sejam definidas algumas ações para contornar a situação.Há uma preocupação de que a situação fuja do controle e todas as lavouras sejam destruídas se não houver o controle.

Os javalis que aterrorizam o oeste são da espécie exótica invasora Sus scrofa, que provoca elevados prejuízos às lavouras, especialmente de cereais. Vivem em varas (bandos) de até 50 indivíduos. Esses animais selvagens atacam todas as lavouras, principalmente milho, feijão, soja, trigo, pastagens, etc. e, numa noite, destroem completamente vários hectares de área.

Os órgãos ambientais e a Polícia Militar Ambiental orientam que apenas profissionais caçadores registrados e licenciados façam o abate dos animais. “O agricultor terá que procurar um desses profissionais para fazer o abate para ele na sua lavoura e isso implica em burocracia e em custos adicionais”, reclama o vice-presidente da Faesc, Nelton Rogério de Souza.

Por outro lado, enquanto a portaria autoriza o uso de armas de fogo dentro das propriedades invadidas, a Polícia Ambiental só permite o uso de tranquilizantes ou armadilhas.

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PERDAS

Nos últimos cinco anos os produtores catarinenses sofrem de forma mais intensa com a ação dos javalis. Os animais atacam as lavouras já a partir do plantio. Além de pisotear a plantação, permanecem no local se alimentando até a maturação do milho.

Os javalis podem transmitir doenças economicamente graves como a peste suína africana, peste suína clássica e febre aftosa. São considerados espécies “exóticas” (portanto, não protegidas por leis ambientais), porque cruzam com porcos domésticos e até outros animais selvagens, como porco de mato, o que gera filhos conhecidos com “javaporcos”. As fêmeas produzem em média duas ninhadas por ano e uma média de oito filhotes em cada uma. Por isso, o controle se torna difícil. O macho adulto pesa entre 150 e 200 quilos e a fêmea entre 50 e 100 quilos. Os javalis que aterrorizam Santa Catarina vieram do Rio Grande do Sul. 

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