Relógios e sino chamam a atenção da população

As obras da Torre da Concatedral, um dos maiores pontos turísticos de Francisco Beltrão, está em fase final. Iniciada em setembro de 1999, a Torre recebeu a instalação do relógio e dos sinos nesta semana. O trabalho foi executado por uma empresa de Porto Alegre, no Rio grande do Sul. De acordo com Almirante Melatti, que faz parte da Astec (Associação dos Amigos da Torre da Concatedral), atualmente presidida pelo ex-prefeito e ex-deputado João Arruda, a pedra fundamental da obra foi lançada em agosto de 1999.

O projeto inicial previa um gasto de R$ 250 mil. Para conseguir recursos, a associação fez várias promoções e também possibilitou a assinatura, por 250 pessoas, do livro ouro. Conforme Melatti, com o passar do tempo a obra foi ganhando forma e o montante previsto aumentou, chegando atualmente a R$ 1.355 milhão. Desse total, além dos recursos próprios, a associação recebeu auxílio do Ministério das Cidades no valor de R$ 390 mil e outros R$ 413 mil vieram de emendas parlamentares de deputados que representam o município.

Em entrevista à Rádio Onda Sul FM, Almirante Melatti lembrou da luta e de todo esforço da associação para consolidar o projeto, que está sendo concluído depois de 17 anos. Também destacou o apoio recebido da administração municipal desde o início da obra até os dias atuais. Ele acredita que, após a instalação do relógio e sinos, será ainda necessária a pintura para dar a obra por concluída.

Ontem, o engenheiro da empresa Beatek, Marco Kaiser, responsável pela instalação do relógio e o sino, falou sobre a conclusão de mais uma etapa da obra. “Concluímos a instalação das quatro faces do relógio, com diâmetro de 4,5 metros. Para se ter uma ideia, o ponteiro tem 2 metros e pesa mais de 30 quilos. A luminosidade que fica aparente durante a noite é feito com mais de 4 mil leds, sendo aproximadamente mil leds em cada face do relógio”, disse Marco.

Ele explicou também, que os ponteiros são mecânicos, mas que funcionam através de um motor. “No motor contém um sino eletrônico que controla os sons e os horários em que emitirá os sinais sonoros”, explicou. Marco comentou que estão disponíveis 100 toques diferentes, entre as quais, músicas, que foram testadas, mas que não serão utilizadas, por enquanto. “Houve uma certa polêmica na terça-feira enquanto fazíamos os testes e por isso não serão utilizados outros sinais ou músicas, por causa do Estado Laico, sem fazer referências religiosas, apenas o som de Westminster, o mesmo utilizado no palácio e no Big Ben, que existe em Londres, na Inglaterra”.

Agora, o que ficou definido é de que o sino emitirá sinais sonoros de hora em hora, das 8h até às 22h, todos os dias, inclusive nos finais de semana. “A empresa voltará a cada 60 dias para fazer uma manutenção nos relógios ou no sino, ou sempre que for necessário também”, finalizou Marco.

Entrevista com Marco Kaiser, da empresa Beatek, que instalou o relógio na torre: