Queijo e vinho, combinação perfeita para o frio
Cotidiano
por redação
O Sudoeste, além de ser considerada a maior região produtora de leite do Paraná, também comporta a maior concentração de pequenos e médios laticínios que estão diversificando a produção na linha dos queijos diferenciados e de maior agregação de valor. Além do queijo colonial, nos últimos anos, houve a introdução da produção de queijos italianos, a exemplos do “Piave, Cacciota, Asiago, Parmesão, Grana Padano, já encontrados nos supermercados da região”, disse o professor da UTFPR, João Francisco Marchi, mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Com o projeto do queijo típico regional chamado “Santo Giorno”, em fase de registro no Ministério da Agricultura, esta tendência se concretiza visto a demanda destes queijos pelo consumidor.
João identifica que: “o consumidor brasileiro, na sua maioria, desconhece os sabores e aromas de queijos mais maturados, pois o consumo de concentra em queijos frescos como o mussarela e minas frescal. Mas pode-se perceber uma mudança neste perfil a exemplo do que acontece com os vinhos que vem crescendo entre os brasileiros”.
Consumo de queijo associados ao vinho
Segundo a história foram os franceses os primeiros a apreciarem este o casamento entre o queijo e o vinho e onde este hábito se tornou uma arte. Dizem eles “Para vender vinho, sirva queijo” era o ditado das vinícolas francesas.
Porém para os entendidos em vinhos e queijos a dificuldade na combinação provém das características diversas e conflitantes entre os dois alimentos. O queijo tem sabor forte e, em geral, é gorduroso. Além disso, é salgado e pode ser ácido. E, em alguns casos podem apresentar uma textura que reveste a língua, dificultando a degustação.
Já os vinhos podem ficar mais amargos no contato com o sal e têm seu sabor recoberto, se não forem tão ácidos quanto o queijo.
Evento regional
Durante a Via Tecnológica do Leite a ser realizada entre os dias 18 e 21 de junho, a UTFPR e a Agência de Desenvolvimento estarão realizando o seminário sobre a produção e mercado dos queijos diferenciados. O evento também a uma mostra e degustação dos queijos produzidos por diversos laticínios da região com destaque aos queijos produzidos com tecnologia italiana.
Algumas regras dadas pelos especialistas:
Quanto mais duro for o queijo (parmesão, por exemplo), mais tânico pode ser o vinho. Quanto mais cremoso o queijo, mais acidez o vinho deve conter.
Queijos frescos e sem casca, como os cremosos pedem vinhos brancos leves
Queijos de massa mole, tais como os frescos de cabra e a ricota combinam com vinhos brancos leves e aromáticos
Na degustação servir primeiro os queijo mais frescos e na sequencia os mais maturados de sabor forte e de textura dura.
Combinações
Segundo os sites especializados uma boa combinação segue a relação de queijos com os tipos de vinhos abaixo relacionados:
- GRUYÈRE: tinto jovem de uva Cabernet Sauvignon, Merlot ou Malbec.
- PROVOLONE: tinto de uva Syrah ou Chardonnay
- GOUDA: tinto de uva Malbec ou Carbenet Sauvignon
- EMMENTHAL: tinto de uva Merlot ou Carbernet Sauvignon.
- EDAM: tinto de uva Malbec ou Syrah.
- REINO: tinto encorpado de uva Tannat ou Carménère.
- BRIE: tinto de uva Cabernet Sauvignon.
- CAMEMBERT: tinto de uva Syrah.
- GORGONZOLA: branco doce como Porto, Tokay ou Sauternes.
- PARMESÃO / GRANA PADONO / PIAVE: tinto de uva Cabernet Sauvignon ou Syrah.
- Frescos: branco seco de uva Sauvignon Blanc.