Promotoria denuncia seis pessoas por suposto envolvimento em esquema de fraude em Coronel Vivida
Coronel Vivida
Geral
por redação
A Promotoria de Justiça de Coronel Vivida apresentou à Justiça, nesta segunda-feira (10), denúncia contra seis pessoas por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O esquema seria comandado pelo auxiliar administrativo de uma empresa privada, que de forma sucessiva e reiterada, ao longo de cinco anos, desviou, mediante fraude, mais de R$ 7 milhões.
O Ministério Público aponta que um dos denunciados foi contratado por uma empresa de sementes como auxiliar administrativo, ficando, assim, encarregado de emitir cheques e preencher os documentos para pagamentos de diversas obrigações da empresa.
Os cheques subtraídos e fraudados pelo denunciado seriam depositados, por envelope, nas contas bancárias dele próprio, e a diferença na contabilidade crescia mês a mês, conforme ressalta a Promotoria. “O sistema apontava para a existência de dinheiro em caixa, quando, na realidade, esse dinheiro não existia, e tendo a diferença em questão aumentado muito no mês de dezembro de 2012, chegando ao patamar de mais de R$ 300 mil, a empresa-vítima procedeu a um levantamento contábil minucioso, que encontrou uma diferença de aproximadamente R$ 7 milhões”, diz a Promotoria, em trecho da denúncia.
Para ocultação dos valores obtidos por meio dessa prática, ele se associou, de forma estável e permanente, com outros cinco parentes seus, comandando e controlando todas as diversas ações que se seguiram, tudo com o propósito de realizar o branqueamento do capital, reinseri-lo no circuito econômico com aparência limpa, evitando uma associação direta deles com os crimes contra o patrimônio cometidos em detrimento da empresa-vítima.
Na denúncia encaminhada à Justiça da Comarca, a Promotoria de Justiça requer, também, seja remetida cópia integral do inquérito policial à Justiça Federal, fim de que se apure a eventual prática, por parte do auxiliar administrativo denunciado, de crimes contra o sistema financeiro nacional, uma vez que há elementos indicativos de que ele atuava como doleiro, efetuando a compra e venda de moedas sem a devida autorização do Banco Central.