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Grupo RBJ de Comunicação,
05 de maio de 2024
Rádios

Produtores do Sudoeste têm dificuldade para comercializar a safra de feijão

Agricultura

por Guilherme Zimermann

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O Paraná deverá colher 350 mil toneladas de feijão na primeira safra do ano, volume 19% maior que o colhido no ano passado. O aumento na área destinada à cultura e o clima favorável são os principais responsáveis pela evolução. No entanto, os bons números não têm se refletido no bolso dos produtores.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura, cerca de 75% da primeira safra de feijão já foi colhida. Mas, até agora, apenas 37% dessa produção foi vendida, por causa do preço. Um exemplo é o produtor Eucir Brocco, de Pato Branco, Sudoeste do Estado. Ele destinou 50 hectares de sua propriedade para a produção de feijão carioca na primeira safra. Em uma área, por conta de um período de estiagem, ele colheu 18 sacas por hectare. Em outra parte conseguiu colher 35 sacas/há. Ele finalizou a colheita na metade de janeiro, mas só conseguiu vender a produção há poucos dias.  nos últimos dias. Segundo ele, na região pato-branquense poucos agricultores conseguiram comercializar o feijão. A maioria está deixando estocado.

Entretanto, é preciso atenção. O feijão não pode ficar armazenado mais do que dois ou três meses porque rapidamente muda a coloração e aumenta seu tempo de cozimento. Por isso, o agricultor pato-branquense comemora o preço que conseguiu para a sua produção, de R$ 120,00 por saca de feijão carioca, cerca de 30% menos que o preço médio em janeiro de 2016. De acordo com o Deral, no ano passado o produtor estava recebendo R$ 171,00 por saca. Se considerar o final de 2016, a diferença é ainda maior, uma vez que os preços chegaram perto dos R$ 200,00 a saca do feijão carioca.

E se a situação já não é das melhores, a segunda safra promete derrubar ainda mais os preços. O Deral estima que o Paraná deve chegar ao final dessa temporada com mais de 405 mil toneladas de feijão colhidas, produção 36% maior que a do ano passado. Para técnicos e agricultores, entre fevereiro e abril há uma redução na oferta, o que pode melhorar um pouco os preços.

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