Produtores de maçã de Palmas solicitam apoio ao setor
PALMAS
AgriculturaEconomia
por redação
Os produtores de maçã de Palmas e de todo o estado poderão fazer pela internet a Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV) para acelerar o processo de certificação de origem, etapa fundamental para a ampliação de mercado da produção paranaense. O documento é exigido para que os produtores que pretendem comercializar a maçã paranaense em outros estados brasileiros.
Esta é uma das metas da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), segundo explicou o diretor-presidente da Agência, Inácio Afonso Kroetz, em atendimento a um grupo de produtores liderados pelo presidente da Frutipar, Ivanir Leopoldo Dalanhol.
Kroetz e o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, reuniram-se com os produtores de maçã de Palmas nesta segunda-feira (22), que solicitaram medidas de apoio à produção e comercialização da fruta no Paraná.
O Estado deve colher este ano um volume estimado em 45 mil toneladas de maçã e a tendência é de aumento na formação de pomares e de produção da fruta, com o apoio que o setor vem recebendo do governo do Estado, disse Dalanhol. Somente em Palmas, a produção deve atingir as 12 mil e 500 toneladas.
A agilização na emissão de PTV é uma das reivindicações apresentadas pelos produtores de maças, que estão reclamando na demora desse procedimento, o que pode prejudicar a comercialização. “Tem produtores de maçã que andam até 70 quilômetros para buscar uma única PTV”, afirmou Dalanhol.
Com a emissão da PTV, os fiscais da Adapar atestam para os mercados que os procedimentos sanitários foram adotados e cumpridos pelos produtores. Kroetz informou que a adoção da informatização no processo vai acelerar o atendimento.
Dalanhol disse que o setor vem avançando desde que o secretário Norberto Ortigara decidiu apoiar o processo de revitalização da produção de maçã no Paraná, há cerca de dois anos. “De lá para cá, muito já se avançou, mas ainda temos arestas a serem aparadas para seguir em frente e é por isso que estamos aqui”, disse.
Segundo Dalanhol, o governo do Estado está apoiando a recuperação da produção de maçã no Paraná. Esse ano, deverá liberar cerca de R$ 500 mil, de um total de R$ 2 milhões previstos para o setor no período de 4 anos. Na primeira parcela, cerca de R$ 440 mil serão investidos para apoiar a aquisição de mudas, necessárias para a renovação dos pomares.
Outros R$ 60 mil serão investidos em unidades demonstrativas que serão monitoradas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) para acompanhar o desenvolvimento da produção. O desafio agora é apoiar a comercialização, divulgando a qualidade da fruta com a concessão de um selo de diferenciação de qualidade para a maçã produzida no Paraná.
AGROQUÍMICOS – Outra questão discutida foi a falta de agroquímicos específicos para a produção de algumas frutas como a ameixa e o caqui. Eles pediram a ajuda do Estado para que se possibilite a extensão de uso de alguns agroquímicos com registro nacional para produtos similares que possam ser aplicados nessas frutas.
SEGURO RURAL – Outro tema tratado com os produtores foi a extensão do seguro rural para a fruta. Eles reclamaram dos preços elevados das seguradoras e pediram ao apoio do governo do Paraná. O diretor do Departamento de Economia Rural, Francisco Carlos Simioni, informou que o programa de Seguro Rural do estado do Paraná está sendo reformatado e ampliado para atender 29 culturas, entre elas a maçã.