Presidente da FIEP diz que o momento exige racionalidade e responsabilidade
EconomiaGeral
O Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná(FIEP), Edson Campagnollo, recomendou para o momento racionalidade e responsabilidade. Ao avaliar a legitimidade da mobilização dos caminhoneiros no Programa Pauta Dinâmica da Rádio Club, nesta segunda-feira(28), o dirigente disse que o quadro se instaurou pela repulsa da sociedade ao “encastelamento” das lideranças políticas, em todos os níveis. O líder empresarial do Sudoeste do Paraná também falou a participação nas eleições deste ano como provável candidato na chapa majoritária ao governo do Estado.
Para ele, atendidas as reivindicações dos caminhoneiros pelo governo federal, é necessário voltar à normalidade para que não se acentuem ainda mais as crises econômica e social, na medida que se acumulam prejuízos na industria, agropecuária, serviços, saúde, educação,segurança. “O caos nesse momento não é adequado e, o mais sensato, é voltar as atividades e mesmo que haja outro tipo de reivindicação que ela continuem, sem paralisações”, defendeu.
Apontou que a causa de tudo isso é omissão dos políticos em relação às demandas da sociedade. A classe política, em todos os níveis, se encastelou nas prefeituras, nos governos dos Estados, no Congresso e atuou apenas na distribuição de benesses, nomeações de pessoas e na apropriação para interesses particulares. Como não cumpriram com seus papéis e funções institucionais, para resolver as questões, lançaram mão do aumento dos impostos até a sociedade não suportar a carga. “Os políticos ficaram cegos sobre o que estava acontecendo no país e fora dele. Não foram feitas reformas estruturais”, disse ele. A reforma política, que deveria trazer uma nova perspectiva, serviu apenas para que se apropriassem ainda mais de recursos[ financiamentos de campanhas] para manutenção no poder dos mandantes dos partidos e amigos do rei ”, disse ele.
Advertiu que é necessário tirar lições de tudo isso e buscar neste ano eleitoral em 2018, restabelecer um cenário diferente com a eleição de representantes melhores, para que o novo congresso possa fazer reformas estruturantes. “Não podemos eleger os menores piores. Precisamos de pessoas que pensam na sociedade e não na defesa de seus interesses particulares”, avaliou.
CANDIDATURA
O dirigente industrial confirmou que colocou seu nome à disposição para concorrer, pela primeira vez, a um cargo político. Inicialmente, a ideia era disputar candidato a governador, mas avaliou que não detém uma carreira político/partidária, como requer o atual modelo do país, que facilita aos que possuem trajetória eleitoral e recursos para investir. “Como não fiz uma carreira política, existe a possibilidade de integrar a um projeto em andamento”, disse.
Revelou que como seu partido, o PRB, já manifestou seu apoio, a perspectiva é de que se candidato à vice na chapa de Ratinho Junior. “ Se aqueles que acreditam em algo diferente para o país ficarem de fora, quem vai ocupar o espaço vai ser daqueles que se preocupam com outros interesses que não os da sociedade”, justificou