Presidência da República já tem mais de 20 pré-candidatos
Cotidiano
Os brasileiros retornam às urnas em 07 de outubro para escolher seus novos representantes, desde a Assembleia Legislativa até a presidência da República. Até a tarde desta sexta-feira (09), 25 personalidades aparecem entre indicações de partidos ou em manifestações de interesse em participar da disputa para ocupar o principal cargo da nação.
Na última eleição geral, em 2014, de todas as pré-candidaturas, 11 realmente disputaram o pleito, vencido pela então presidente Dilma Rousseff (PT).
Com candidaturas que levam as faixas da direita e outras da esquerda, alguns vão pelo meio – ou centro, como gostam de se declarar – tentando um discurso diferenciado.
Segundo o calendário eleitoral, os interessados em ingressar em algum partido ou trocar de sigla para concorrer neste ano, têm até 07 de abril. Já o registro das candidatura deve ser efetivado até 15 de agosto.
Confira abaixo, em ordem alfabética, a lista dos pré-candidatos à presidência do Brasil:
Albo Rebelo (PSB)
Deputado federal por seis mandatos consecutivos (1991 a 2015), presidente da Câmara entre 2005 e 2007. Nos governos de Dilma Rousseff foi ministro dos Esportes, da Ciência e Tecnologia, e da Defesa. Em 8 de janeiro, enviou carta ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, na qual pôs o nome à disposição do partido para disputar a Presidência.
Álvaro Dias (Podemos)
Em seu quarto mandato como senador (três consecutivos desde 1999 e um de 1983 a 1987). Entre 1987 e 1991, foi governador do Paraná. Além disso, acumula experiências como vereador, deputado estadual, deputado federal e também como presidente da Telepar (Empresa de Telefonia do Paraná). Anunciou a pré-candidatura à Presidência da República em novembro, durante evento do Podemos no Rio de Janeiro. Tem como desafio tornar-se um nome mais conhecido nacionalmente.
Beto Albuquerque (PSB)
Foi deputado estadual no Rio Grande do Sul duas vezes (1991-1994 e 1995-1998) e deputado federal por quatro mandatos consecutivos (de 1998 a 2014). Em 2014, foi candidato à vice-presidente na chapa encabeçada por Marina Silva. Segundo o presidente nacional do PSB, Albuquerque manifestou interesse em concorrer ao cargo depois da carta de Aldo Rebelo.
Cabo Daciolo (Avante)
Deputado federal pelo Rio de Janeiro, anunciou sua pretensão de concorrer à presidência no último dia 5. Ele foi uma das lideranças da greve dos bombeiros no Rio.
Ciro Gomes (PDT)
Foi deputado estadual no Ceará, prefeito de Fortaleza, governador do Estado, ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco, ministro da Integração Nacional no primeiro governo Lula e deputado federal. Atualmente é vice-presidente do PDT e enfrenta uma rejeição de cerca de 22% do eleitorado, que, segundo o Datafolha de novembro, diz não votar nele de jeito nenhum, e não decolou. A depender do cenário, ele tem de 6% a 10% das intenções de voto. Busca representar a imagem da esquerda, baseando-se, principalmente, no impedimento do ex-presidente Lula concorrer às eleições.
Cristovam Buarque (PPS)
Governador do Distrito Federal (1995 a 1999) e ex-ministro da Educação (2003-2004). Está em seu segundo mandato de senador.
Dr. Rey (sem partido)
Dono de clínicas de estética no Brasil e nos Estados Unidos, Dr. Rey anunciou sua pretensão à Presidência ano passado para “levantar a nação da miséria”. Em 2014, pelo PSC, tentou uma vaga na Câmara Federal representando o estado de São Paulo, sem sucesso. Na sequência assumiu a vice-presidência nacional do PEN (Partido Ecológico Nacional). Apoiou a homologação do PRONA (Partido da Reedificação da Ordem Nacional), por onde poderia concorrer à presidência. Até o momento, Dr. Rey está sem partido.
Eymael (PSDC)
José Maria Eymael disputou quatro vezes a Presidência da República (1998, 2006, 2010 e 2014). Seu melhor resultado foi na primeira, quando obteve 171.827 votos, ficando em 9º lugar. Deputado federal constituinte, Eymael exerceu dois mandatos na Câmara (entre 1987 e 1995). Fundou em 1997 o PSDC (Partido Social Democrata Cristão), o qual preside desde então.
Flávio Rocha (sem partido)
Flávio é dono da Riachuelo e anunciou sua pretensão de concorrer ao cargo. Após negar a tentativa de candidatura no último dia primeiro, o empresário deixou aberta a possibilidade de disputar a eleição.
Fernando Collor de Mello (PTC)
Primeiro presidente da República eleito pelo voto direto após a ditadura militar em 1989, sofrendo impeachment em 1992. Está em seu segundo mandato consecutivo como senador por Alagoas. Ele se elegeu em 2006 e se reelegeu em 2014. Foi prefeito de Maceió (1979-1982), deputado federal (1982-1986) e governador de Alagoas (1987-1989).
Geraldo Alckmin (PSDB)
No último mês de dezembro, foi eleito presidente nacional do PSDB e anunciou a pré-candidatura para o Palácio do Planalto. Na semana passada, a pré-candidatura foi oficializada, após ser o único inscrito nas prévias do partido. Médico, foi vereador e prefeito em Pindamonhangaba/SP, deputado estadual e federal por São Paulo, vice-governador e atualmente cumpre seu quarto mandato como governador do estado paulista. Disputou a presidência em 2006, sendo derrotado no segundo turno, quando Lula foi reeleito.
Guilherme Boulos (Psol)
Coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) se oficializou nesta semana como pré-candidato do Psol, gerando divergências com outros integrantes do partido. Pelos quatro políticos do Psol também pretendiam se apresentar na disputa: os economistas Plínio de Arruda Sampaio Jr e Nildo Ouriques, o militante do movimento negro Hamilton Assis e a líder indígena Sônia Guajajara.
Henrique Meirelles (PSD)
Atual ministro da Fazenda, foi eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás em 2002. Em 2003, assumiu a presidência do Banco Central. Considerado uma das figuras mais respeitadas do setor financeiro, foi presidente mundial do BankBoston entre 1996 e 1999. Declarou que só decidirá em abril se pretende lançar pré-candidatura a presidente.
Jair Bolsonaro (PSL)
Segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos, o deputado federal Jair Bolsonaro é militar da reserva e cumpre o sétimo mandato consecutivo como deputado federal. Em 5 de janeiro, anunciou filiação ao PSL e pré-candidatura a presidente pelo partido, nona legenda à qual se filiou.
João Almoêdo (Novo)
João é um dos idealizadores do partido Novo, que presidiu até julho de 2017, quando deixou a função para anunciar pré-candidatura à Presidência da República. Novato em eleições gerais, o partido de Amoêdo conta com o apoio de profissionais liberais e tem entre seus quadros o ex-treinador de vôlei Bernardinho, que também já foi cotado para a disputa presidencial e hoje é um dos indicados para a eleição à governador do Rio de Janeiro. A legenda ainda tenta atrair integrantes do PSDB descontentes que estão deixando o partido.
João Vicente Goulart (PPL)
Filho do ex-presidente João Goulart, João Vicente foi deputado federal pelo Rio Grande do Sul entre 1982 e 1986. Apresentou sua pré-candidatura à Presidência pelo PPL na última segunda-feira (05).
Joaquim Barbosa (sem partido)
Foi ministro do Supremo Tribunal Federal de 2003 a 2014, ocupando a presidência da Corte entre 2012 até sua aposentadoria. O juiz ainda não se filiou a nenhum partido, mas mantém conversas com a Rede Sustentabilidade e o PSB.
Levy Fidelix (PRTB)
Candidato a presidente da República em três eleições (1994, 2010 e 2014), sem sucesso. Além da presidência, já disputou os cargos de vereador, deputado estadual, deputado federal, prefeito, vice-prefeito, governador de estado, mas também sem grandes resultados. Em novembro de 2017, lançou pré-candidatura para disputar a Presidência pela quarta vez.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O ex-presidente Lula lidera os cenários para a eleição presidencial em 2018, mas pode ser impedido de disputar a eleição, uma vez que a segunda instância da Justiça federal manteve por unanimidade sua condenação por corrupção. Fundador do PT em 1980, foi o primeiro presidente do partido. Em 1986, se elegeu deputado federal constituinte por São Paulo. Presidente da República por dois mandatos consecutivos (2003-2006 e 2007-2010), conseguiu eleger como sucessora a ex-ministra Dilma Rousseff.
Manuela D’Ávila (PCdoB)
Manuela se elegeu vereadora em Porto Alegre em 2004. Dois anos depois, em 2006, foi eleita deputada federal, reeleita em 2010. Desde 2015, é deputada estadual no Rio Grande do Sul. A pré-candidatura à Presidência da República foi anunciada em 5 de novembro de 2017 pelo PC do B.
Marina Silva (Rede)
Marina Silva foi deputada estadual no Acre (1991-1994) e senadora pelo mesmo estado por dois mandatos (1995 a 2010). Foi ministra do meio ambiente entre 2003 e 2008. Em 2010 e 2014 disputou a presidência da república, ficando em 3º lugar nos dois pleitos. Anunciou pré-candidatura à Presidência em 2 de dezembro de 2017 durante encontro do partido Rede, do qual é fundadora.
Paulo Rabello de Castro (PSC)
Foi presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e é o atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Nome desconhecido de grande parte do eleitorado, Rabello de Castro contabiliza apenas 1% nas pesquisas de intenção de voto.
Rodrigo Maia (DEM)
Atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia está no quinto mandato consecutivo como deputado federal. Assumiu a presidência da Câmara no ano passado, depois que o então presidente, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou ao cargo (depois teve o mandato cassado).
Valéria Monteiro (PMN)
Valéria é jornalista e ex-apresentadora do Jornal Nacional e do Fantástico nos anos 1990. Anunciou que pretendia disputar a Presidência da República em setembro, antes mesmo de se filiar a um partido político.
Vera Lúcia (PSTU)
Sapateira e ativista sindical em Sergipe, Vera Lúcia foi lançada como pré-candidata do PSTU na última sexta-feira, 2. Militou no PT, mas foi expulsa do partido em 1992 junto com integrantes do grupo político Convergência Socialista, que anos depois fundou o PSTU.