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Grupo RBJ de Comunicação,
04 de maio de 2024
Rádios

PF monitora morador do Oeste Catarinense suspeito de ligação com Estado Islâmico

PolíciaSegurança

por redação

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Um morador de Chapecó, Oeste de Santa Catarina, está sendo monitorado pela Polícia Federal, sob suspeita de possuir ligações com o Estado Islâmico. Os passos do empresário Ibrahim Chaiboun Darwiche são acompanhados pelas autoridades por meio de tornozeleira eletrônica. Por determinação da juíza substituta da 2ª Vara Federal de Chapecó, Heloisa Menegotto Pozenato, ele está proibido de comparecer em escolas, aeroportos e frequentar cursos ou atividades que envolvem artefatos explosivos, armas de fogo ou artes marciais. Além disso, não está autorizado a deixar a cidade sem autorização da PF. O suspeito informa, através de redes sociais, que é natural do Líbano, mas mora há vários anos no Brasil.

Segundo a juíza, a decisão é “pouco comum”, mas trata-se de uma “situação diferente, que exige” medidas que levam em conta o “tamanho inimaginável do risco”. O uso da tornozeleira deverá se estender “no mínimo” até o encerramento dos Jogos Olímpicos no Rio, em agosto. As investigações sobre o suspeito ocorriam há três anos. De acordo com a PF, foram levantados indícios que o empresário realizava aulas de tiro. Em buscas em sua residência, foi apreendido um manual com cálculos de distância de alvo, ajustes e correções para disparos. Além disso, corre na Internet um vídeo, no qual o suspeito “enaltece” o ataque terrorista à revista francesa Charlie Hebdo, ocorrido em janeiro de 2015.

Ainda segundo a investigação, o homem mentiu para a Polícia em depoimento, informando que durante uma viagem que fizera em 2013, teria ficado em Istambul, na Turquia. No entanto, através de telefonemas realizados por ele, a investigação concluiu que ele teria passado quase três meses na Síria, em uma cidade sob o domínio do Estado Islâmico.

A mãe do suspeito contou à Polícia Federal que após a viagem, o filho voltou com um comportamento muito diferente, “aparentando estar sendo influenciado e manipulado por outras pessoas”. Ele negou a autoria do vídeo, mas um representante da comunidade islâmica do sul do país confirmou à PF que o empresário havia produzido e publicado a gravação, que ele “já tinha apresentado tendência radical pretérita” e que “depois do vídeo Ibrahim foi desligado imediatamente do ILAEI” (Instituto Latino Americano de Estudos Islâmicos), de Maringá, Norte do Paraná.

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