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Grupo RBJ de Comunicação,
04 de maio de 2024
Rádios

‘Os proprietários de Beltrão acham que tem petróleo de baixo da terra’

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O assunto mais polêmico da semana em Francisco Beltrão é o da transferência da Rede Forte de Supermercados para Renascença. A decisão já foi tomada pela diretoria da associação e é irreversível, conforme disse Denilso Baldo, diretor da Rede Forte, em entrevista à Rádio Onda Sul FM, na manhã desta terça-feira, 5. Segundo ele, ‘os proprietários de Francisco Beltrão acham que tem petróleo de baixo da terra’, fazendo uma comparação dos terrenos comercializados nos municípios vizinhos.

E esse é o principal motivo de a Rede Forte estar saindo de Francisco Beltrão. Denilso disse que a rede cotou um terreno na saída para Verê que custava R$ 2,5 milhão o alqueire. Em Renascença, o valor é bem mais acessível, sem contar na logística que facilita o atendimento aos supermercados da rede.

Em Renascença, a Rede Forte vai construir a sua sede e também um superatacado com capacidade para 150 carretas ou 4.500 toneladas por dias. O faturamento inicial da Rede Forte em março de 2015 foi de R$ 3,1 milhões, um recorde em sua história. Mas a intenção é dobrar na projeção inicial da nova estrutura e, a longo prazo, chegar à arrecadação de R$ 15 milhões por mês, ou seja, um faturamento muito semelhante ao da Prefeitura de Francisco Beltrão.

Hoje a Rede Forte de Supermercados possui mais de 120 lojas associadas, abrangendo as regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul do Paraná, e Oeste e Meio-Oeste de Santa Catarina. Em Francisco Beltrão, na atual sede, que é alugada, a Rede Forte conta com 30 colaboradores diretos e uma despesa anual de R$ 1,5 milhão com folha de pagamento, aluguel e manutenção.

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Confira a entrevista de Denilso Baldo, em texto e áudio, para a Onda Sul FM:

“De certa maneira a gente sempre esteve correndo do debate sobre esse assunto, pois eu gostaria de ter ficado em Francisco Beltrão, até o último minuto trabalhei para ficar aqui, a administração municipal sabe disso, a administração anterior sabe disso também. Mas do ano passado para cá, a gente abriu um atacado, uma empresa que gera lucro e impostos, valor agregado para o município, só que neste tempo mudou o presidente e houve a procura por parte de alguns diretores que são de Renascença e Marmeleiro. O prefeito de Renascença, Lessir Bortoli, em cinco minutos ofereceu a solução para o presidente, que abraçou aquela ideia. Não é só uma questão de vontade dos municípios e não é só uma questão de boa vontade desta administração de Francisco Beltrão. A Rede Forte criou o atacado, que está comprando essa área em Renascença. O investimento inicial do Centro de Distribuição é para 150 carretas ou 4.500 toneladas, com condições de chegar a um faturamento de R$ 15 milhões por mês, mas nossa meta inicial é faturar R$ 5 milhões, ou seja, dobrar a nossa atual arrecadação. Ampere nos ofereceu o barracão, o terreno e chegaram a me ligar para dizer qual a cor da tinta da parede que a gente queria. Clevelândia nos ofereceu o terreno e o Centro de Distribuição. Palma Sola e Eneas Marques nos ofereceram 15 mil metros de área, mais infraestrutura. Marmeleiro nos ofereceu na época a estrutura que hoje está instalado o Fórum. Vários municípios ofereceram boas condições. O porquê de Renascença? Também pela atenção que a gente recebeu, mas logisticamente falando, até Renascença nós conseguimos operar o Sudoeste, conciliando o atacado e a Rede Forte. O ponto negativo e o motivo pelo qual eu não queria sair de Beltrão era por conta da mão de obra, pois nós geramos hoje mais de 30 empregos. Nós geramos uma despesa operacional ao ano de R$ 1,5 milhão, somando folha de pagamento, aluguel, água, luz, material de expediente, materiais gráficos e fora as lojas de Francisco Beltrão, que elas somadas geram um grande ICMS. Em março nós faturamos R$ 3,1 milhões, foi um faturamento recorde. Então a expectativa de crescimento é somente com uma estrutura adequada a isso. E Renascença tem talvez o distrito industrial mais bonito e bem estruturado do Sudoeste e permite que empresas que precisam crescer possam comprar um terreno com um valor bem acessível, esse que é o grande problema de Francisco Beltrão. Aqui na saída pra Verê, chegamos a ver 1,5 alqueire por R$ 2,5 milhões, sem infraestrutura nenhuma. Os proprietários de terra aqui de Francisco Beltrão estão achando que tem petróleo de baixo do seu terreno, o que inviabiliza muitas vezes para os empresários que querem comprar área. A transferência é irreversível. Quero noticiar o esforço do Eduardo Scirea e da Jovelina Chaves, nos ofereceram terraplanagem, mas para nós o investimento seria muito maior se fôssemos ficar em Francisco Beltrão.”

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