Morte de agricultora lança alerta sobre riscos de acidentes com taturanas
Saúde
Uma mulher faleceu após tocar em uma taturana enquanto trabalhava em sua propriedade, no interior de Dionísio Cerqueira, Oeste de Santa Catarina. Tereza Grielber, 60, manejava o gado, na terça-feira (02) quando houve o contato com o inseto. Ela percebeu a queimadura, mas não deu importância ao ferimento, seguindo com o trabalho.
No dia seguinte, a agricultora começou a apresentar febre e vômito, sendo encaminhada ao hospital, onde foi medicada para o tratamento de gastroenterite, devido aos sintomas e a um surto que ocorria na região. A mulher retornou para casa, mas, sentindo fortes dores de cabeça, retornou ao hospital.
Realizados exames, foi constatada a presença do veneno da taturana no sangue, quando então a agricultora lembrou do contato com o animal. Ela foi transferida ao hospital de São Miguel do Oeste, onde foi constatada a paralisação dos rins.
A equipe realizou procedimentos de hemodiálise e transfusão de sangue, mas a mulher não resistiu, falecendo na madrugada desta segunda-feira (08).
Os setores de saúde alertam para os perigos do contato com lagartas, principalmente entre primavera e verão, período de maior incidência dos insetos. Preferencialmente elas são encontradas em árvores e tem hábitos alimentares noturnos, ficando durante o dia nos troncos. Pela sua característica, muitas apresentam quase a mesma coloração das árvores, passando despercebidas, quando ocorrem os acidentes.
A Lonomia, também conhecida como taturana, considerada a mais perigosa, apresenta coloração marrom-esverdeada, com cerdas verdes e pontas pretas, em formato de pinheirinho. Tem em torno de 6 cm de comprimento e costuma ficar em grupos, de 200 a 300 indivíduos.
Nas suas cerdas fica a toxina, capaz de provocar efeitos como dor, inchaço, vermelhidão, sensação de queimação e também problemas sistêmicos, como hemorragia e de coagulação, que podem levar a óbito.
A orientação para casos de acidente, é colocar compressas de água fria no local da queimadura e procurar imediatamente atendimento médico e, se possível, levando a lagarta junto.