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Grupo RBJ de Comunicação,
19 de maio de 2024
Rádios

Ministério Público denuncia 48 pessoas por adulteração no leite na região oeste de SC

GeralSaúde

por Guilherme Zimermann

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O Ministério Público de Santa Catarina denunciou na quinta-feira (04), 48 pessoas ligadas aos Laticínios Lajeado e Mondaí, sediados nos municípios de Lajeado Grande e Mondaí, oeste catarinense, sob a suspeita de adulteração no leite processado pelas empresas.

Segundo a coordenação do Gaeco na região, será buscada a aplicação da pena máxima aos culpados.O proprietário de uma das empresas, por exemplo, será enquadrado 25 vezes no crime de adulteração, sob pena de 04 a 08 anos, somando, no mínimo, 100 anos de prisão. Todos os envolvidos vão responder por organização criminosa, além de falsidade ideológica, omissão ou inclusão de dados falsos sobre a qualidade do produto. Se cumpridas, as penas ultrapassarão 200 anos de prisão.

Relembre o caso

Em novembro de 2013, foi levada ao MP/SC a denúncia de que a empresa Laticínios Lajeado Grande estaria recebendo leite adulterado. No inicio de 2014, foram realizadas análises, em que se constatou a presença de agentes químicos e até mesmo álcool etílico. No mês de março, em um ação conjunta entre Gaeco, MP, Polícias Civil, Militar e Rodoviária e Secretaria da Fazenda, foram iniciadas as investigações. Em agosto foi determinado o recolhimento de um lote da marca Lajeado Grande.

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No dia 19 de agosto, 20 pessoas foram presas, duas delas em Ponte Serrada, há 50 quilômetros de Palmas, sul do Paraná, durante as operações “Leite Adulterado I” e “Leite Adulterado II”, desencadeadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Chapecó, visando cumprir 11 mandados de busca e apreensão em municípios das regiões oeste de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul. Os mandados foram cumpridos também nas cidades catarinenses de Lajeado Grande, Mondaí e no município gaúcho de Vista Alegre.

Cerca de 70 pessoas participaram da ação, que está relacionada às investigações de adulteração de leite e derivados em duas empresas catarinenses. Os trabalhos iniciaram há mais de cinco meses, em que foi constatada a utilização de substâncias como formol, soda cáustica e água oxigenada no alimento. Imagens apuradas pela Polícia, mostram funcionários lavando as mãos e braços no leite. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, as substâncias utilizadas serviam para recuperar o produto já estragado e aumentar o prazo de validade.

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