Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
27 de abril de 2024
Rádios

Manifestantes realizam ato de repúdio a ações da Justiça no Instituto Federal de Abelardo Luz/SC

Educação e Cultura

por Guilherme Zimermann

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[Grupo RBJ de Comunicação] Manifestantes realizam ato de repúdio a ações da Justiça no Instituto Federal de Abelardo Luz/SC — Foto: Guia Tem Abelardo Luz
Foto: Guia Tem Abelardo Luz

Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), Frente Brasil Popular, CUT (Central Única dos Trabalhadores), Pastoral da Juventude Rural e sindicatos participaram, na tarde de sexta-feira (15), de uma manifestação em repúdio a ações da Justiça Federal no Campus Avançado do Instituto Federal Catarinense em Abelardo Luz, Oeste de Santa Catarina.

Com faixas e cartazes, os manifestantes saíram em marcha por ruas da cidade seguindo até o Fórum da Comarca de Abelardo Luz, onde ficaram concentrados por cerca de duas horas.

Após pronunciamentos e leituras de moções de apoio, um grupo adentrou no Fórum onde foi recebido por funcionários e entregou uma carta de repúdio contra a decisão da Justiça Federal que acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF), determinando o afastamento do diretor do Campus, Ricardo Scopel Velho, e do coordenador geral pedagógico, Maicon Fontanive, por suposta ligação com o MST.

Na carta, os manifestantes alegam que a Justiça Federal cometeu uma “arbitrariedade contra os trabalhadores da Educação, comprometidos, com um ensino democrático e plural, alicerçados no respeito aos estudantes e ao contexto social em que estão inseridos”.

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Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o Campus Abelardo Luz estaria sendo controlado por membros do MST e que todas as decisões seriam tomadas por suas  lideranças, além da  intensa imposição de ideologia política dentro do Instituto, inclusive com a elaboração de documentos pedagógicos. Além disso, os  professores estariam sofrendo assédio e perseguição ideológica quanto aos conteúdos ministrados em sala de aula. Outra denúncia é que foi criado um curso de Pedagogia com o intuito de inserir membros do movimento social como professores, mesmo com candidatos aprovados em concurso anterior, ainda vigente, e aguardando nomeação. O processo tramita na 1ª Vara da Justiça Federal de Chapecó.

No dia 22 de agosto, o IFC publicou Nota informando procedimentos a serem adotados após o afastamento dos servidores. Dentre as medidas, a nomeação de dois servidores do Campus Palmas do Instituto Federal do Paraná (IFPR) para as funções administrativas, fato confirmado no último dia 08, com a publicação no Diário Oficial da União, das portarias de nomeações das professoras Ivania Marini Piton e Vania Maria Alves para os cargos de Diretora e Coordenadora Geral-Pedagógico, respectivamente.

As docentes ocuparão interinamente a gestão da unidade abelardense enquanto a ordem judicial estiver vigente.

 

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