Impactos ao bolso, saúde e vida dos palmenses são alertas do Dia Mundial Sem Tabaco
Fumantes de Palmas deverão gastar R$ 5,3 milhões até o fim do ano para sustentar o vício. Porém, preço pode ser maior.
Saúde
Entre 2018 e 2019, 63 palmenses morreram vítimas dos tipos de cânceres mais comuns causados pelo tabagismo. Os cânceres de pulmão e de esôfago foram os que fizeram mais vítimas fatais. Os dados foram apurados pelo Departamento de Jornalismo da Rádio Club junto ao Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Nesta segunda-feira, 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco. A data foi criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotado desde 1988 pelos seus Estados-Membros para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.
Segundo o INCA, o tabagismo é uma doença que contribui para o desenvolvimento dos seguintes tipos de câncer: leucemia mielóide aguda; câncer de bexiga; câncer de pâncreas; câncer de fígado; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer de rim e ureter; câncer de laringe (cordas vocais); câncer na cavidade oral (boca); câncer de faringe (pescoço); câncer de estômago; câncer de cólon e reto; câncer de traquéia, brônquios e pulmão.
Com base nesse estudo, o Setor de Estatísticas da Rádio Club/RBJ buscou informações nas bases de dados do INCA, sobre o número de óbitos relacionados à esses tipos de cânceres em Palmas.
Os materiais levantados pela reportagem referem-se aos últimos dois anos com dados consolidados pelo Ministério da Saúde – 2018 e 2019. Salienta-se que a pesquisa aponta os tipos de cânceres cuja principal causa é o tabagismo, não significando que a totalidade das vítimas tenham sido fumantes.
Entre 2018 e 2019, 63 palmenses morreram vítimas dos cânceres citados, sendo 14 vítimas de câncer de esôfago e 14 de câncer de pulmão, os tipos com maior números de mortes.
Outro fator que pode auxiliar no combate a esse vício é, além dos benefícios na saúde, também o alívio para o bolso, com redução dos gastos com cigarros e com os tratamentos de saúde.
Em Palmas, por exemplo, em 2021, os fumantes deverão gastar até o final do ano R$ 5,3 milhões, de acordo com o Índice de Potencial de Consumo (IPC), levantado pela IPC Marketing. A pesquisa considera os gastos com cigarros, charutos, fumo para cachimbo, fumo para cigarros e outros artigos para fumantes, como fósforos e isqueiros.
Publicação do Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária (IECS) em 2020 estimou que no Brasil as doenças causadas pelo tabagismo custam R$ 125,148 bilhões ao ano, ou seja, o equivalente a 23% do que o país gastou em 2020 para enfrentar a pandemia da Covid-19. Esses custos são ainda maiores pois não incluem os gastos com ações de prevenção e tratamento para cessação do tabagismo, nem de prevenção e mitigação dos danos sanitários, sociais e ambientais decorrentes da produção de tabaco e do mercado ilegal de tabaco.