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19 de maio de 2024
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Homem é condenado a mais de 40 anos de prisão por feminicídio

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por Evandro Artuzzi

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[Grupo RBJ de Comunicação] Homem é condenado a mais de 40 anos de prisão por feminicídio — José Joanino da Silva Lima, de 26 anos, ficou a maior parte do tempo de cabeça baixa. Foto: Lademar Machado - TV Sudoeste
José Joanino da Silva Lima, de 26 anos, ficou a maior parte do tempo de cabeça baixa. Foto: Lademar Machado - TV Sudoeste

O Tribunal do Júri de Francisco Beltrão, no sudoeste do Estado, condenou nesta quinta-feira (23) um homem que era acusado pela morte da mulher. José Joanino da Silva Lima, de 26 anos, foi condenado a 43 anos e seis meses de prisão, inicialmente em regime fechado, pelo crime de feminicídio por motivo torpe e por meio cruel.

Em fevereiro de 2017, José jogou combustível e ateou fogo na ex-mulher, Prycila Slobozinski da Silva, de 25 anos. A mulher teve oitenta por cento do corpo queimado e morreu no início de março, em Londrina, onde estava hospitalizada. Durante o julgamento, José Joanino confessou o crime e alegou ter perdido a cabeça. O júri começou as 9 horas da manhã e foi concluída perto das 5 horas da tarde.

[Grupo RBJ de Comunicação] Homem é condenado a mais de 40 anos de prisão por feminicídio — Prycila Slobozinski, de 25 anos, teve 80% do corpo queimado e morreu no hospital. Foto: Arquivo familiar
Prycila Slobozinski, de 25 anos, teve 80% do corpo queimado e morreu no hospital. Foto: Arquivo familiar

Os trabalhos foram presididos pela juíza Janaína Monique Zanelatto Albino, tendo na acusação a promotora Silvia Skaetta Nunes e na defesa atuou a advogada Amanda Zanarelli Merighe. Familiares de Prycila acompanharam todo o julgamento.

A mãe dela, Cleuza Slobozinski, afirmou durante entrevista que espera uma pena maior. Segundo ela, por tudo o que ele fez a família sofrer com a morte de Prycila, merecia alguns anos a mais, mas se a justiça entendeu assim, só resta se conformar. A ex-sogra disse que espera que José reflita sobre todo mal que causou à família, inclusive ao neto que hoje tem 6 anos e presenciou a mãe sendo queimado. A avó conta que o menino já passou por tratamento psicológico, mas ainda lembra e comenta sobre a mãe. “Esses dias ele me disse que o presente de aniversário que ele queria era um abraço da sua mãe, mas sabe que ela não está mais aqui. Falei pra ele que nem ele, nem ninguém mais pode ter esse abraço”, desabafou emocionada.

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Raquel Slobozinski, tia de Prycila, também acompanhou o julgamento. Em entrevista, contou que a sobrinha morava em Toledo e resolveu mudar para Francisco Beltrão, com intenção de fugir do ex, que não aceitava o fim do relacionamento, e a ameaçava constantemente.

Ouça reportagem….

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