Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
27 de abril de 2024
Rádios

Fiéis celebram festa de Corpus Christi em Palmas

Geral

por redação

Publicidade

Cristãos Católicos de Palmas, no sul do Paraná, celebraram na quinta-feira, dia 04, a Festa de Corpus Christi, com a Missa e a Procissão pelas ruas da cidade. Na Catedral do senhor Bom Jesus da Coluna dos Campos de Palmas, ocorreu à celebração da Santa Missa e na sequência os fiéis acompanharam o Santíssimo pelas ruas da cidade, que receberam ornamentação especial para uma das celebrações mais importantes do calendário da Igreja Católica.

Vários grupos começaram a ser confeccionar os tapetes ainda nas primeiras horas da manhã. As ruas próximas da Praça do Senhor Bom Jesus foram enfeitadas com pó de serragem, folhas e tintas, tecidos. Durante o percurso, belas obras de arte, mensagens religiosas, textos bíblicos e desenhos da fé cristã, tudo com muita criatividade como misto de fé e esperança.

A mesma cena pode ser observada pelos fies que acompanharam a procissão pelas ruas do Bairro Lagoão até a paroquia Nossa Senhora Aparecida. O santíssimo percorreu as ruas enfeitadas em um belíssimo corredor de muitas corres.

O Pároco da Catedral do Senhor Bom Jesus, Padre Evandro de Mello, durante entrevista ao diretor de Jornalismo do RBJ em Palmas Ivan Cezar, no programa Dinâmica 1050 da rádio Club, abordou o Corpus Christi nas dimensões religiosa, social e cultural.

Publicidade
Publicidade

[Grupo RBJ de Comunicação] Fiéis celebram festa de Corpus Christi em Palmas — 11422175_1458841281093709_1385767267_o
11422175_1458841281093709_1385767267_o

História da Solenidade de Corpus Christi

No final do século XIII surgiu em Liège, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon, fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Liège. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.

Publicidade
Publicidade

Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.

Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. Sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significava a ausência dessa solenidade.

Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Liège, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácono de Liège, mais tarde o Papa Urbano IV.

O bispo Roberto ficou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte. Ao mesmo tempo o Papa ordenou que um monge de nome João escrevesse o ofÍcio para essa ocasão. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.

Publicidade
Publicidade

Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte, a quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costume e o estendeu por toda a atual Alemanha.

O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real. No momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue, do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais -onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa- em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.

O Santo Padre movido pelo prodígio e pela  petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula “Transiturus” de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que asistirem a Santa Missa e o ofício.

Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício -a liturgia das horas- a São Boa-ventura e a Santo Tomás de Aquino. Quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando o seu em pedaços.

Publicidade
Publicidade

A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis por João XXII, e assim a festa é estendida a toda a Igreja.

Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.

A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adaptaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.

Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptas, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.

Publicidade
Publicidade

Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos em determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Publicidade