Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
25 de maio de 2024
Rádios

Entidades questionam fim da vacinação contra a aftosa no Paraná

AgriculturaGeral

por redação

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A partir do próximo dia 30, tem inicio a campanha de vacinação contra a febre aftosa no Paraná. Segundo o Governo do Estado, esta deve ser a última campanha, visto que o Paraná pleitea o reconhecimento como área livre da doença sem vacinação. No entanto, entidades ligadas à sanidade animal afirmam que faltam informações para embasar a decisão.

Para o presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná (Sindivet), Cezar Pasqualin, a discussão precisa se alongar, “não pode ser uma decisão política”. Livre da doença há dez anos, o Paraná busca ser o segundo estado brasileiro sem vacinação – Santa Catarina já possui o status. Para obter o certificado da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o estado trabalha na reforma e reconstrução de 23 postos de fiscalização nas divisas com São Paulo e Mato Grosso do Sul e o Paraguai e na contratação de 169 servidores já concursados para a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar).

Na avaliação do diretor de agroindústria da Sociedade Rural de Londrina, Luigi Carrer Filho, ainda há muito a se fazer, não somente na construção de barreiras, mas, segundo ele, é necessário que o Estado olhe para a cadeira produtiva como um todo. Defende que a medida seja tomada em bloco, com o fim da vacinação no Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul, simultaneamente.

Veterinários apontam ainda o risco de, após o fim da vacinação, a imunidade do rebanho paranaense baixar. Por isso, é importante que a decisão seja mais discutida, para se levantar mais informações sobre a circulação do vírus da aftosa nos estados vizinhos e também no Paraguai.

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A falta de informações como a instalação de frigoríficos exportadores no Paraná, programa de incentivo para ampliar o rebanho estadual e ganhos econômicos causam apreensão. Segundo o setor de sanidade, mesmo com o status de estado livre da doença sem vacinação, Santa Catarina não conseguiu atingir mercados que pagam mais pela carne como Estados Unidos, Canadá e Japão.

No dia 11 de maio acontece uma audiência pública no plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para discutir se o Paraná tem condições de se tornar área livre de febre aftosa sem vacinação. Entidades como Mapa, Abiec, Adapar, Sindan, CNA, Coresa, Seab, CRMV e Fundepec deverão participar.

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