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Grupo RBJ de Comunicação,
03 de maio de 2024
Rádios

Donos de pequenos mercados trocam experiências e inovam em seus negócios

EconomiaGeral

por Evandro Artuzzi

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[Grupo RBJ de Comunicação] Donos de pequenos mercados trocam experiências e inovam em seus negócios — O grupo de empresários e colaboradores que participou do encontro no mercado São Cristóvão, em Coronel Vivida (crédito - Antônio Menegatti)
O grupo de empresários e colaboradores que participou do encontro no mercado São Cristóvão, em Coronel Vivida (crédito - Antônio Menegatti)

Para os mesmos problemas, soluções diferentes. É o que estão descobrindo os empresários de 35 pequenos mercados do sudoeste do Paraná, associados à Rede Forte de Supermercados. A troca de experiências, uma das atividades do projeto Encadeamento Produtivo (parceria entre Rede Forte e Sebrae/PR), tem se mostrado uma valiosa ferramenta para o cotidiano das empresas.

Entre 23 e 26 de abril, foram realizados quatro Encontros de Aprendizados e Experiências, com os participantes do projeto: Pranchita, no dia 23; Anchieta (SC), 24; Francisco Beltrão, 25; e Coronel Vivida, 26. Em cada evento, aconteceram palestras sobre experiências de compra e indicadores e gestão por categoria, seguidas pela apresentação do representante do mercado que recepcionava os convidados.

A consultora do Sebrae/PR, Jocelei Fiorentin, relata que os encontros foram estabelecidos buscando a proximidade das empresas, facilitando o deslocamento. Gestora do projeto Encadeamento Produtivo, Jocelei comenta que as mudanças não precisam ser grandiosas para provocar resultados positivos junto aos clientes.

“Muitas vezes, alterações simples, como gôndolas mais baixas, ampliação do espaço para corredores e melhoria da iluminação já fazem grande diferença. São conceitos de layout e gestão trabalhados no projeto, em sintonia com o que os consumidores esperam e com as tendências de mercado”, justifica a consultora.

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Anfitriões do quarto encontro, Ovidio Gambim e a esposa Sonia, do mercado São Cristóvão, de Coronel Vivida, são um bom exemplo de que pequenas mudanças podem fazer a diferença. Eles começaram as mudanças no layout da loja no dia 23 de abril, com pintura e redução da altura das gôndolas e o reposicionamento para aumentar a largura dos corredores e facilitar a circulação.

“Antes do Encadeamento Produtivo, eu estava acomodado. Não tinha controles na gestão, apenas ia trabalhando no dia a dia. A partir do projeto, comecei a ‘abrir os olhos’, a fazer o controle dos indicadores e a promover mudanças”, confessa Gambim.

O empresário conta que as trocas de experiências com outros colegas de projeto têm sido importantes para a implantação de melhorias. “Estamos na mesma região e todos temos os mesmos problemas. As ideias dos demais empresários têm servido para melhorar nosso negócios e muitas outras deverão surgir”, prevê Gambim. O mercado São Cristóvão teve início em 1994 e atualmente conta com 14 colaboradores.

[Grupo RBJ de Comunicação] Donos de pequenos mercados trocam experiências e inovam em seus negócios — Após as palestras, os participantes conheceram as mudanças que estão sendo realizadas no mercado vividense (crédito - Antônio Menegatti)
Após as palestras, os participantes conheceram as mudanças que estão sendo realizadas no mercado vividense (crédito - Antônio Menegatti)

Lucratividade
As melhorias em estrutura, controles de gestão e mix de produtos têm como principal objetivo aumentar a lucratividade das empresas. Maria Dolores dos Santos, do mercado Amigão, de Candói, na região centro-oeste do Estado, participou do encontro realizado em Coronel Vivida, e afirma que promoveu uma “revolução” em seu negócio.

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“Quando me tornei empresária, não havia alguém que dissesse o que era certo e o que era errado. No projeto, tenho todo o suporte para melhorar meu negócio. Já fiz várias alterações no layout do mercado e, com a melhoria da gestão financeira, consegui melhorar os preços ao consumidor”, destaca.

Maria Dolores revela que o aumento da lucratividade do mercado permitiu a abertura de uma loja de materiais de construção. “Estamos entrando no segundo mês da empresa e tenho usado os conteúdos que aprendi no Encadeamento Produtivo para gerenciar a loja de materiais de construção”, completa.

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