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08 de maio de 2024
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Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas

GeralPolítica

por Guilherme Zimermann

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No dia 15 de novembro, os palmenses vão às urnas para eleger o 46º prefeito de sua história. Entre eleitos pelo voto direto e indicados por outras esferas de governo, foram diversos os chefes do Poder Executivo.

Após um breve período sem possibilidade de votar em seus representantes durante o Estado Novo, instaurado pelo governo de Getúlio Vargas entre 1937 e 1946, os palmenses retomaram a normalidade democrática a partir de 1947, conforme registros da Justiça Eleitoral do Paraná.

Com base nessas informações, o Departamento de Jornalismo da Rádio Club/RBJ, faz um levantamento histórico, com os resultados das eleições municipais de 1947 a 2016. A primeira reportagem, apresenta os dados referentes à disputa da prefeitura, trazendo informações dos candidatos, seus partidos e votos obtidos em cada pleito.

1947 – Eleição de Bernardo Ribeiro Vianna

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[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — Bernardo Ribeiro Vianna
Bernardo Ribeiro Vianna

Em 1947, dois candidatos disputaram a prefeitura de Palmas: pelo PSD (Partido Social Democrático), o Doutor Bernardo Ribeiro Vianna, buscava retornar ao cargo que havia ocupado entre 1935 e 1938; já pelo PR (Partido Republicano), o candidato era Amílcar Saporiti.

Criado durante o Estado Novo, o PSD era o partido do governo Vargas, tendo participação efetiva da maioria das eleições realizadas entre 1945 e 1965. Com as cores azul e branco, caracterizava-se pelo ideologia centrista e populista. Por sua vez, o PR, fundado em 1945, adotava postura de centro-direita, defendendo o liberalismo, com autonomia dos estados e municípios.

Naquele pleito, Ribeiro Vianna foi declarado eleito com 1.033 votos contra 918 votos de Amílcar Saporiti, que viria a ser prefeito no mandato seguinte.

1951 – Eleição de Amílcar Saporiti

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[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — Amílcar Saporiti (Foto: Acervo Evaldina Boese)
Amílcar Saporiti (Foto: Acervo Evaldina Boese)

No ano de 1951, Amílcar Saporiti voltava à disputa da prefeitura municipal, através da coligação PSP (Partido Social Progressista) e PR. O PSP havia sido fundado em 1946 por Adhemar de Barros, defendendo as ideias da social-democracia e de trabalhismo. Barros, inclusive, quando disputou a presidência da República em 1960, realizou comício em Palmas. Leia mais: O dia 30 de julho na história regional

[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — Adhemar de Barros em Palmas (Foto: Acervo Evaldina Boese)
Adhemar de Barros em Palmas (Foto: Acervo Evaldina Boese)

Outro candidato à prefeitura palmense em 1951 foi Alvaro José da Costa, pela coligação PTB (Partido Trabalhista Brasileiro)/PSD. Com as cores branco, preto e vermelho, o PTB enquadrava-se na centro-esquerda, também com a bandeira do trabalhismo. O partido foi extinto em 1965, sendo refundado em 1981.

Naquela eleição, Amílcar Saporiti sagrou-se vencedor, com 1.228 votos. Costa obteve 1.114.

1955 – Eleição de Piratan Araújo

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[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — Piratan Araújo
Piratan Araújo

O PTB chegou à prefeitura de Palmas em 1955, com a eleição do contador Piratan Araújo. Enfrentando Bonifácio Batista Ribas e Armindo Saldanha, Araújo conquistou 1.292 votos. Saldanha ficou em 2º, com 1.121 votos e Batista Ribas foi o 3º, com 920. A Justiça Eleitoral não informou quais os partidos dos dois candidatos derrotados. A eleição à prefeitura, impulsionou a carreira política de Piratan Araújo, que em 1962 foi eleito deputado estadual. Com 4.984 votos, ele ocupou uma cadeira na Assembleia Legislativa entre 1963 e 1967.

1959 – Eleição de Josué Guimarães

[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — Josué Guimarães (Foto: Prefeitura de Palmas)
Josué Guimarães (Foto: Prefeitura de Palmas)

O Partido Trabalhista Brasileiro seguiu na prefeitura palmense nas eleições de 1959, com a vitória de Josué Guimarães. Com 2.212 votos, ele derrotou Ivaldo Thomasi, que conquistou 2.006 votos, e Rivadavia Fonseca Milla, do PTN (Partido Trabalhista Nacional), que obteve 28 votos.

Criado em 1945, o PTN, como o próprio nome diz, também defendia o trabalhismo, porém, adotando um discurso de direita. Entre suas conquistas, destacam-se a eleição de Jânio Quadros à presidência da República, em 1960, e a de Paulo Pimentel ao governo do Paraná, em 1965.

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1963 – Eleição de Ubiratan José de Araújo

[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — Ubiratan Araújo
Ubiratan Araújo

Pela terceira vez consecutiva, o PTB sagrava-se vitorioso com a eleição de Ubiratan José de Araújo. Coligado com o PL (Partido Libertador) – criado em 1945, remanescendo do Partido Liberal, o Libertador tinha como principal bandeira o parlamentarismo – Araújo obteve 1.442 votos. José Maria de Araújo Perpétuo, reunindo PDC (Partido Democrata Cristão) – partido conservador moderado, de oposição ao getulismo –, UDN (União Democrática Nacional) – igualmente conservador e opositor a Vargas – e PSD, ficou em 2º com 1.300 votos. Alexandre Carlos Caziri Saldanha, pelo Movimento Trabalhista Renovador, fez 938 votos. O MTR foi fundado em 1960, a partir de uma dissidência do PTB. Contrário ao parlamentarismo, o partido defendia, no aspecto econômico, a conciliação do liberalismo político com o dirigismo econômico.

1968 – Eleição de Oscar Rocker

[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — Oscar Rocker
Oscar Rocker

Com a instituição do regime militar, que determinou a extinção dos partidos políticos e a vigência do bipartidarismo, MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e Arena (Aliança Renovadora Nacional) disputaram a prefeitura de Palmas em 1968 com três candidatos cada.

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O MDB foi fundado em 1966 e organizou-se como uma frente oposicionista ao governo federal reunindo parlamentares que se opuseram ao movimento militar de 1964 e que discordavam dos rumos que os militares no poder imprimiam à condução da política nacional. Nas eleições de Palmas, o partido apresentou as candidaturas de Oscar Rocker, tendo como vice José Bonifácio Andrade; Pedro Ribas Mendes, com Armando Lazzaretti como vice; e Amílcar Saporiti, com Victorino Dellanora como vice.

A Arena, partido de sustentação político-parlamentar dos governos militares, tinha como candidatos José Maria de Araújo de Perpétuo (vice: Augusto Honaiser Netto), Francisco Farias de Souza (vice: Santo Fedrigo) e José Ferreira de Almeida (vice: Antonio Celso Vasconcelos).

O eleito foi Oscar Rocker, com 1.281 votos. Pedro Ribas Mendes foi o segundo, com 893, seguido por José Maria de Araújo (844 votos), José Ferreira de Almeida (839 votos), Francisco Farias de Souza (774 votos) e Amílcar Saporiti (567 votos).

1972 – Eleição de José Maria de Araújo Perpétuo

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[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — José Maria de Araújo Perpétuo
José Maria de Araújo Perpétuo

Após duas derrotas, José Maria de Araújo Perpétuo, o Doutor Zé Maria, chegava à prefeitura de Palmas. Naquele pleito, apenas dois candidatos, ambos da Arena, disputaram a prefeitura.

Por nove votos, Doutor Zé Maria foi eleito, tendo como vice João de Oliveira Mello. Ele obteve 3.613 votos, contra 3.604 de Pedro Ribas Mendes, que encabeçava chapa com Genirio João Fávero como vice.

1976 – Eleição de José Ferreira de Almeida

[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — José Ferreira de Almeida
José Ferreira de Almeida

Numa eleição com cinco candidatos, José Ferreira de Almeida, o Zeca Almeida, foi vitorioso. Pela Arena, conquistou 3.387 votos, sendo eleito juntamente com seu vice, Luiz Geraldo Vasconcellos Araújo.

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João Maria Araújo e o vice, Miguel Donato Vasconcellos, também da Arena, obtiveram 2.083 votos. Pelo MDB, Valentino Menegatti, e seu vice, Walmor Antonio Giotto, somaram 1.819 votos. O MDB também apresentou a candidatura de Albino Kluge, que também tinha como vice, Walmor Giotto, conforme permissões da Justiça Eleitoral na época. A chapa conseguiu 606 votos. Outra chapa emedebista foi a de Plinio Gomes e Patrocínio de Oliveira, que obteve 349 votos.

1982 – Eleição de José Maria de Araújo Perpétuo

A chapa Doutor Zé Maria e João de Oliveira Mello, vitoriosa em 72, retornou à prefeitura em 82, com 4.923 votos obtidos naquela eleição. Agora, ambos eram filiados ao PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), criado após o fim do bipartidarismo. Outra candidatura peemedebista foi a de Valentino Menegatti e Dimorvan Carraro, que somaram 2.618 votos.

O PDS (Partido Democrático Social) – criado em 1980 para suceder a Arena – disputou as eleições de 82 com três candidatos a prefeito: Joir Ribas de Mello (vice: Emilio Argenta) – 2.063 votos; Olair Tonial (vice: Emidio Caetano Rodrigues) – 1.092 votos; Luiz Geraldo Vasconcellos Araújo (vice: Jacir Dall’Agnol) – 114 votos.

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O PTB, refundado após o fim do bipartidarismo, apresentou a candidatura de Tadeu Campos Araújo (vice: Aldo Tabajara Schneider), que somou 177 votos. Paulo Armando Caetano Oliveira e o vice, Amilton Alves Tibes, obtiveram 20 votos, disputando a prefeitura pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista) – criado por Leonel Brizola após ter perdido a luta pelo registro do PTB.

1988 – Eleição de Dimorvan Carraro

[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — Dimorvan Carraro
Dimorvan Carraro

O PMDB seguiu na prefeitura de Palmas em 1988 com a vitória de Dimorvan Carraro, popular Tito, e seu vice, Hilário Andraschko. A chapa somou 7.675 votos naquele ano.

O ex-prefeito José Ferreira de Almeida voltou à disputar a prefeitura pelo PDS, tendo como vice Eny Aparecida Milla Tives. A dupla obteve 5.516 votos.

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Pelo PDT, Flávio José Fasolo e Arlindo Hemming, ficaram em 3º lugar, com 377 votos.

1992 – Eleição de José Ferreira de Almeida

Em 1992, o PTB retornou à chefia do Poder Executivo de Palmas com a eleição de José Ferreira de Almeida com 7.512 votos.

Pelo PMDB, Odacir Antonelli obteve 5.590 votos, seguido pelo candidato do PL (Partido Liberal), Luiz Sérgio Vargas Dornelles, com 3.623 votos.

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1996 – Eleição de Ivo Dalla Costa

[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — Ivo Dalla Costa
Ivo Dalla Costa

Ivo Antonio Dalla Costa chegou à prefeitura de Palmas nas eleições de 1996, pelo PTB. Naquele pleito, ele conquistou 7.910 votos, derrotando o ex-prefeito Dimorvan Carraro do MDB, que somou 6.953 votos.

Aquela foi a primeira eleição em que o PT (Partido dos Trabalhadores) – criado em 1980 do movimento social de trabalhadores, com base na classe operária – disputou a prefeitura de Palmas. O candidato foi Vilmar Borges, que obteve 145 votos.

2000 – Eleição de Hilário Andraschko

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[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — Hilário Andraschko
Hilário Andraschko

Hilário Andraschko foi eleito prefeito de Palmas em 2000, tendo como vice, Francisco Puton, do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) – criado em 1988, por dissidentes do PMDB. A chapa conquistou 6.209 votos.

Pela coligação PTB/PFL (Partido da Frente Liberal) – fundado em 1985, defendendo o liberalismo econômico – Josemir Dipp e José de Augustinho Hilário disputaram a prefeitura, obtendo 5.302 votos.

O ex-prefeito José Ferreira de Almeida, com o vice, Ademir Mello, formavam a coligação PDT/PT, ficando em 3º lugar, com 4.807 votos.

2004 – Eleição de João de Oliveira

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[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — João de Oliveira
João de Oliveira

Pelo PMDB, João de Oliveira foi eleito em 2004, com 7.099 votos. Seu vice foi Acioli Ribas (PTB).

O PSDB disputou aquela eleição com chapa pura, encabeçada por Francisco Puton e o vice Juraci Antonelli. A dupla obteve 6.596 votos.

O PFL também apostou em chapa pura, com José Ferreira de Almeida e Aldmar Osternacy Pedroso, somando 3.942 votos.

Com a chapa PSB/PT, Josemir Dipp, com o vice, Genir Vivian, ficaram em 4º lugar naquele pleito, com 1.886 votos.

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2008 – Eleição de Hilário Andraschko

As eleições de 2008 tornaram-se históricas em Palmas, diante dos embates jurídicos que cercaram aquele pleito. A disputa iniciou com quatro candidatos: Francisco Puton (vice: Rosa Loureiro), Hilário Andrascko (vice: Gilberto Almeida), João de Oliveira (vice: Acioli Ribas) e Tertuliano Andrade (vice: Rosele Saldanha Andrade). Porém, Puton renunciou a candidatura, ficando três disputantes da chefia do Executivo.

Nas urnas, Andraschko obteve 52% dos votos, porém, não pôde assumir a prefeitura pois teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral, que considerou parecer do Tribunal de Contas, que apontava irregularidades cometidas pelo gestor ao dispensar processo licitatório para o fornecimento de alimentação para atletas que participaram dos jogos escolares no ano de 2004.

A decisão foi revertida no Tribunal Superior Eleitoral, que entendeu não ter havido má-fé do então prefeito para a dispensa do processo licitatório. Porém, durante o decorrer do processo, pelo impedimento de Andraschko assumir a prefeitura, o cargo foi ocupada pela então presidente da Câmara de Vereadores, Joana D’Arc Franco de Araújo.

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Naquela eleição, João de Oliveira obteve 8.853 votos e Tertuliano Andrade 1 mil votos.

2012 – Eleição de João de Oliveira

Outra eleição que também ficou marcada pela troca constante de agentes na prefeitura. Com 10.137 votos, João de Oliveira retornava à chefia do Executivo, tendo Nestor Mikilita (PTB) como vice. Hilário Andraschko, com Luiz Fernando Camargo (PSDB) como vice, obteve 8.385 votos. Tertuliano Andrade, com a vice, Dulce Mourão de Andrade (PTC), somou 2.618 votos.

Oliveira chegou a assumir o cargo em janeiro de 2013, no qual permaneceu até agosto daquele ano. A Justiça Eleitoral cassou os mandatos da chapa vencedora por compra de votos nas eleições.

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Com a cassação, o então presidente da Câmara de Vereadores, Wilmo Correa da Silva, assumiu a cadeira de prefeito no dia 28 de agosto, entregando o cargo ao segundo colocado nas eleições, Hilário Andraschko, no dia 02 de setembro.

Porém, menos de uma semana depois, Andraschko e seu vice, também tiveram seus mandatos cassados por compra de votos. Porém, o Tribunal Regional Eleitoral absolveu a dupla, que seguiu nos cargos até o final do mandato em 2016.

2016 – Eleição de Kosmos Nicolaou

[Grupo RBJ de Comunicação] Eleições 2020: Conheça a história dos prefeitos eleitos em Palmas — Kosmos Nicolaou
Kosmos Nicolaou

Três candidatos disputaram a prefeitura de Palmas em 2016. Pelo PEN (Partido Ecológico Nacional, atual Patriota), Kosmos Panayotis Nicolaou, apresentou sua candidatura, com César Pacheco Baptista (PSC) como vice. Eles enfrentaram a chapa PMDB/PTB, formada por Daniel Langaro e Acioli Ribas, e a chapa PT/PTC, com Tertuliano Andrade e Dulce Mourão Andrade.

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Kosmos e Baptista foram eleitos 11.558 votos. Langaro e Acioli obtiveram 10.139 e Tertuliano e Dulce somaram 872 votos naquele pleito.

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