Diocese completa 65 anos de história e evangelização

Criada em 14 de janeiro de 1958, pelo Papa Pio XII, através da Bula Quoniam Venerabilis Frater, a Diocese de Palmas-Francisco Beltrão completa em 2023, os 65 anos de história, no Sudoeste do Paraná.

Os precedentes históricos à formação da Prelazia e depois a criação da Diocese nos remetem ao século XVIII. A descoberta dos chamados Campos de Palmas aconteceu em 1720, por obra do bandeirante curitibano Zacarias Dias Côrtes. Os primeiros pioneiros chegaram na região, que mais tarde corresponderia ao território da Diocese de Palmas, entre os anos de 1836 a 1839. A emancipação política do município, desmembrado de Guarapuava, ocorreu em 14 de abril de 1879.

Em 6 de agosto de 1836, Festa da Transfiguração do Senhor, uma comitiva de bandeirantes, acompanhada pelo Padre Ponciano José de Araújo, confirmou que o padroeiro deste torrão seria o Senhor Bom Jesus da Coluna, na época, pertencente à Diocese de São Paulo, mas atendida por Ponta Grossa e Guarapuava.

Quase duas décadas depois, no dia 28 de fevereiro de 1855, Palmas foi elevada à categoria de Freguesia, status hoje correspondente à Paróquia. No dia 27 de abril de 1892, o Papa Leão XIII, passava Palmas para Diocese de Ponta Grossa, permanecendo até 17 de janeiro de 1927, quando Pio XI decretou que a Freguesia de Palmas pertencesse à Diocese de Lages, Estado de Santa Catarina.

A Prelazia de Palmas foi criada no dia 9 de dezembro de 1933, pelo Papa Pio XI. No começo, o território da Prelazia abrangia parte dos municípios de União da Vitória e de Pinhão, além de todo o Sudoeste do Paraná, passando pelo extremo Oeste de Santa Catarina e a cidade de Chapecó.

Dom Antonio Mazzaroto, Bispo de Ponta Grossa, foi nomeado o primeiro Administrador Apostólico da Prelazia, assumindo em 7 de maio de 1934. Dois anos depois, o trabalho de organização e o cuidado pastoral da Prelazia foi confiado ao Frei Carlos Sabóia Bandeira de Mello, que chegou em Palmas, em 12 de dezembro de 1936. Passando 11 anos, em 13 de dezembro de 1947, o Papa Pio XII, nomeou Frei Carlos como Bispo Prelado de Palmas.

Após 25 anos de Prelazia, aconteceu a criação da Diocese de Palmas, em 14 de janeiro de 1958, permanecendo Dom Carlos como Bispo. A instalação da Diocese ocorreu em 14 de março de 1959, em celebração presidida pelo Núncio Apostólico Dom Armando Lombardi, sendo empossado Dom Carlos como primeiro Bispo da nova Diocese, permanecendo até o dia de sua morte, em 7 de fevereiro de 1969, com 66 anos de idade.

Com a morte de Dom Carlos, a Diocese passou a ser coordenada por um Administrador Apostólico, Dom Geraldo Micheletto Pelanda, Bispo de Ponta Grossa. O Papa Paulo VI nomeou Frei Agostinho José Sartori, como segundo Bispo da Diocese de Palmas, em 16 de fevereiro de 1970. A ordenação ocorreu em 26 de abril de 1970. Dom Agostinho assumiu a Diocese no dia 14 de junho de 1970, governando por 35 anos.

Hoje, a Diocese é denominada de Palmas-Francisco Beltrão, tendo a Catedral do Senhor Bom Jesus (Palmas) e a Concatedral Nossa Senhora da Glória (Francisco Beltrão).

A Diocese recebeu o Bispo auxiliar, Dom Luís Vicente Bernetti, em 1996, permanecendo até 2 de fevereiro de 2005, quando foi nomeado pelo Papa João Paulo II, Bispo da Diocese de Apucarana-PR.

Dom José Antonio Peruzzo, terceiro Bispo diocesano, foi ordenado na Catedral Nossa Senhora Aparecida, em Cascavel, no dia 23 de novembro de 2005 e tomou posse na Concatedral Nossa Senhora da Glória (Francisco Beltrão), no dia 9 de dezembro; Na Catedral do Senhor Bom Jesus, em Palmas, no dia 11 de dezembro do mesmo ano. Dom José permaneceu como Bispo da Diocese até 18 de março de 2015. Na vacância, assumiu como administrador diocesano o Padre Geraldo Macagnan, até a ordenação e posse do quarto Bispo, Dom Edgar Xavier Ertl, em 23 de julho de 2016, também na Concatedral. No dia seguinte, Dom Edgar assumiu a Cátedra na Catedral do Senhor Bom Jesus, em Palmas.

Nos 42 municípios do Sudoeste paranaense, a Diocese é composta por 46 paróquias.

Na foto, chegada de Dom Carlos, em dezembro 1936.

Fonte: Revista Olhar Diocesano, edição especial nº 25, janeiro/fevereiro 2018, autor: Pe. Valdecir Bressani