Dia nacional do Bombeiro: Capitã Débora Kolossoskei fala sobre os desafios e a importância da profissão

No Dia Nacional do Bombeiro, comemorado em 2 de julho, a capitã Débora Kolossoskei, do 10° Grupamento de Francisco Beltrão, compartilha sua visão sobre a importância e os desafios da profissão. Em entrevista à rádio Onda Sul, ela ressaltou a evolução do trabalho dos bombeiros e a complexidade das operações atuais.

“A origem da comemoração remonta ao século XVIII, quando o serviço de prevenção de incêndios foi instituído no Rio de Janeiro”, explicou a capitã. “Hoje, essa data celebra não só a nossa história, mas também a integração e o espírito de família que une quase 100 Bombeiros Militares em Francisco Beltrão, Capanema e Dois Vizinhos.”

Kolossoskei destacou que, embora o combate a incêndios continue sendo uma tarefa fundamental, os bombeiros atualmente lidam com uma variedade de situações. “Atendemos desde emergências médicas com o uso de ambulâncias até operações de busca e resgate, como a que estamos realizando em Planalto”, disse. “Nosso trabalho envolve também a prevenção de afogamentos, intervenções em crises relacionadas a suicídios e até operações em desastres naturais.”

A capitã mencionou a importância do treinamento contínuo, citando a recente instrução sobre intervenções em crises suicidas no quartel de Francisco Beltrão. “Essas ocorrências exigem um preparo psicológico significativo, pois precisamos lidar com situações extremamente delicadas para salvar vidas.”

Os bombeiros do 10° Grupamento têm se destacado em operações além da sua área de atuação. “Recentemente, enviamos sargentos para ajudar em resgates no Rio Grande do Sul e estamos prontos para apoiar no Pantanal, se necessário”, afirmou a capitã. “Nossa força-tarefa é treinada para enfrentar situações adversas, e muitos de nossos bombeiros se voluntariam para essas missões.”

Kolossoskei enfatizou a importância da colaboração da população durante as operações. “Quando chegamos a uma ocorrência, é crucial que as pessoas sigam nossas orientações e evitem atrapalhar o atendimento”, disse. “Respeitar as instruções e não divulgar imagens é essencial para preservar a dignidade das vítimas e seus familiares.”

Ela também abordou os desafios que os bombeiros enfrentam devido ao comportamento de algumas pessoas sob efeito de álcool ou drogas. “Estamos preparados para lidar com essas situações, mas é frustrante quando cidadãos comuns se envolvem em comportamentos que poderiam ser evitados.”

A capitã celebrou a crescente participação feminina no Corpo de Bombeiros. “Quando cheguei aqui em 2012, éramos apenas duas mulheres. Hoje, somos mais de dez”, contou. “É gratificante ver como nosso efetivo masculino nos recebeu bem e como conseguimos desenvolver nosso trabalho de forma integrada e respeitosa.”

Com 15 anos de carreira, sendo 13 deles em Francisco Beltrão, Kolossoskei expressou sua gratidão pelo aprendizado e pela colaboração com os colegas. “Trabalhar com essa equipe dedicada e atender a população sudestina é extremamente gratificante”, concluiu. “Espero continuar contribuindo para essa corporação que tanto admiro.”

No Dia Nacional do Bombeiro, a dedicação e o compromisso desses profissionais com a segurança e o bem-estar da sociedade são destacados e celebrados.