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Grupo RBJ de Comunicação,
02 de maio de 2024
Rádios

Deputado Ricardo Barros avalia o Orçamento da União para 2016, que deve ser votado hoje no Congresso

EconomiaGeralPolítica

por redação

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Está prevista para o meio-dia desta quarta-feira (16), a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016 e do Plano Plurianual, pelo Congresso Nacional. A aprovação do Plano é uma das exigências para que a Comissão Mista de Orçamento possa votar o projeto orçamentário para o próximo ano, que teve como relator o deputado paranaense, Ricardo Barros (PP). Na última semana, o parlamentar apresentou, oficialmente, a proposta de cortar cerca de R$ 10 bilhões do Programa Bolsa-Família e assim, cumprir com a meta de superávit,  mais arrecadação do que gastos, de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto), percentual defendido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

No entanto, para evitar o corte no programa, a presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso uma proposta de redução na meta fiscal para 0,5%, o que gera especulações até mesmo sobre a saída de Joaquim Levy da equipe econômica.

Em tom de crítica, Ricardo Barros, em entrevista na manhã de hoje (16) à Rádio Club de Palmas, Sul do Paraná,  falou sobre a redução da meta fiscal, contestando o Governo sobre a gestão do Bolsa-Família. “É uma decisão política. A presidente abre mão da meta para manter o programa, que é muito importante, mas que, lamentavelmente, tem muitas fraudes e muitos benefícios pagos ilegalmente.”, afirmou.

Explicou que a proposta de corte no programa tem o objetivo de retirar os beneficiários ilegais, com renda acima do permitido, dentre outros requisitos que não se encaixam no público-alvo do Bolsa-Família. Segundo Barros, a Lei Orçamentária prevê também a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), mas, que na sua avaliação, dificilmente será aprovada pelo plenário, a repatriação de dinheiro mantido por brasileiros no exterior que não haviam sido declarados à Receita Federal, aprovada pelo Senado na terça-feira (15), aumento na alíquota de impostos sobre bebidas, elevação do Imposto de Renda sobre ganhos de capital, apontando 2016 como um ano de forte aperto fiscal.

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Conforme Barros, foram impostos cortes de mais de 20% nas despesas dos Poderes Executivo e Judiciário, além de paralisação em determinados investimentos e a proibição de novas contratações. “Essas são as medidas mais impactantes, porque não estamos em condições de arcar com novas despesas. A receita está caindo cerca de 5% em relação ao ano passado, e as despesas subiram 12%. É uma falta de arrecadação muito grande.”, analisou, salientando que o país já acumula um déficit de mais de R$ 180 milhões em 2015 e o Governo apresentou uma proposta, prevendo mais um déficit para o próximo, o que gerou manifestações contrárias do Congresso Nacional.

Informou o deputado, que serão propostas alterações também em benefícios e auxílios pagos aos servidores da Justiça e a redução nos altos salários da União, “para se ter um gasto mais justo dos nossos recursos”. Mas, apesar de o cenário não mostrar-se muito animador, o Paraná deverá ser privilegiado dentro do Orçamento do próximo ano, principalmente, com obras na área de infraestrutura de transportes.

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