De braços cruzados: Professores da rede estadual de ensino estão em greve

A segunda-feira (17) começou fazendo muito barulho no estado do Paraná. Além dos Policiais Civis, os professores da rede estadual de educação começaram hoje a greve geral da categoria. O motivo que culminou a paralisação foi o posicionamento do governo estadual, o qual voltou atrás no seu compromisso de pagamento da data-base para janeiro de 2017.

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Durante entrevista a Rádio Difusora América, o Presidente da APP Sindicato, Hermes Silva Leão destacou, “é lamentável que o governo tenha agido dessa forma, quebrando o compromisso público, tendo como testemunhas os deputados da Assembleia Legislativa. É uma pauta por direitos, reconhecemos que estamos num período de crise financeira, isso não justifica essas medidas drásticas que o governador Richa vem adotando”.

O Governo convocou para a próxima quarta-feira (19) uma reunião com os representantes de sindicatos que representam servidores públicos para debater a situação financeira do estado para os anos de 2.017 e 2.018. Como a situação dos professores envolve uma demanda mais pontual, uma reunião deve acontecer ainda hoje, a partir das 19 horas, “recebi uma ligação da SEED (Secretaria de Educação – Estado do Paraná) falando que hoje temos uma reunião com a Casa Civil, porque além dessa pauta do debate financeiro temos alguns itens que são mais específicos a APP Sindicato”. Destaca Leão.

O movimento deve afetar mais de 2,1 mil unidades de educação e atingir aproximadamente 1 milhão de estudantes.

Em paralelo a greve dos professores, alunos estão ocupando escolas em vários municípios do estado em manifesto às mudanças do ensino médio, alteração proposta pelo governo federal. Segundo dados do movimento Ocupa Paraná, são mais de 550 escolas e nove universidades e dois núcleos de educação ocupados.

PAUTA DEBATIDA PELOS PROFESSORES:

– Retirada das emendas da LDO contidas na mensagem 43 que afetam o cumprimento da data-base;

– Implantação e pagamento dos atrasados das progressões e promoções;

– Equiparação do salário dos/as funcionários/as ao salário mínimo regional;

– Reajuste do auxílio transporte para funcionários/as PSS;

– Retirada da falta do dia 29 de abril;

– Pauta Nacional – Contra MP 746, PEC 241, PL 257 (PLS 54), Reforma da Previdência.

– Cobrar do governo o que foi feito com os recursos da educação (Operação Quadro Negro e Publicano) e levar este debate para comunidade escolar.

– Aprovada moção: Os/As Trabalhadores em Educação da rede pública estadual, em assembleia estadual da APP-Sindicato, repudiam as atitudes de assédio moral e de repressão feito por diretores e professores aos estudantes nas escolas ocupadas. Ressaltamos o caso do Colégio Lindaura Ribeiro Lucas, em São José dos Pinhais, onde o diretor, em sala fechada, gritava e batia na mesa tentando amedrontar as alunas. Diante disso, reafirmamos que somos contra qualquer forma de repressão. O movimento de ocupação é legítimo e deve ter toda nossa solidariedade!