Grupo RBJ de Comunicação
Grupo RBJ de Comunicação,
14 de maio de 2024
Rádios

David Passerino fala sobre Segurança Pública na Acefb

GeralSegurança

por Evandro Artuzzi

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As ações de combate à criminalidade em Francisco Beltrão vêm sendo realizadas pelas polícias Militar e Civil do município. E o tema “Segurança Pública” vem sendo frequentemente debatido nas reuniões ordinárias da Associação Empresarial (Acefb). Há poucas semanas, o capitão Rogério Pitz, do 21º Batalhão de Polícia Militar, explanou sobre essa questão que vem tirando a tranquilidade dos beltronenses. Na primeira reunião comandada pelo novo presidente da Acefb, Marcos Guerra, na terça, dia 15, o delegado-chefe da 19ª SDP, Dr. David Passerino, falou sobre o trabalho da Polícia Civil na sua área de abrangência, que compreende 26 cidades do Sudoeste. Ele destacou pontos importantes como a elucidação de homicídios e latrocínios (roubo seguido de morte) acontecidos em Beltrão desde que assumiu a delegacia local – janeiro de 2011. “No ano que assumi a delegacia aconteceram treze homicídios e apenas um não foi solucionado. Isso dá um resultado positivo de 92,3%. Em 2012 foram 10, todos elucidados. Já no ano passado aconteceram 15, com apenas um ainda não solucionado. E neste ano houve 10 homicídios, e somente um não está elucidado, mas ambos estão em vias de serem solucionados. Quanto aos latrocínios houve cinco casos de 2011 pra cá, todos esclarecidos”, afirma Dr. David.

E aquela imagem de abandono das antigas delegacias bem como de seus policiais foi destacada pelo delegado. “Lembro na minha infância que se atrelava esse conceito, de que os policiais e os lugares eram sujos. Estamos mudando essa imagem. Hoje, para se tornar um profissional é necessário ter curso superior, na sua maioria em Direito. Mas a mudança tem que partir de nós e valorizar cada vez mais essa profissão, pois a Polícia Civil é uma instituição que tem 160 anos de história.”  “O delegado é um gestor público, se as pessoas entrarem na delegacia encontrarão um local limpo, organizado, policiais identificados, preocupados com a aparência física e preparados psicologicamente. Não podemos esquecer que ele sempre deve buscar o aprimoramento”, analisa Dr. David. De acordo com ele, mudanças de hábito e trabalho em equipe são fundamentais para se realizar um bom trabalho junto à sociedade. “O dinheiro público precisa ser bem gerido”, reforça Dr. David.

Em anos anteriores, Beltrão teve até três delegados na Polícia Civil. Atualmente tem apenas um. “Tem colegas (delegado) que respondem por duas comarcas. No Paraná são 53 comarcas sem delegado, mas ainda nesse ano devem assumir 70 profissionais e cada comarca de nossa abrangência deve ser designado um profissional”, lembra Dr. David.

Inovações

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Entre outras atribuições, a Delegacia da Mulher tem por objetivo assegurar a tranquilidade da população feminina vítima de violência, através de investigação, prevenção e repressão dos delitos praticados contra a mulher. Pensando nisso, Dr. David solicitou junto ao Estado, uma repartição para Francisco Beltrão. “A Delegacia vem para proporcionar um atendimento diferenciado para as mulheres”, ressalta Dr. David.

Outra boa notícia é o convênio (está em andamento) entre prefeitura e Polícia Civil para atendimento de crianças vítimas de exploração sexual. “Beltrão será o primeiro município no interior do Paraná a contar com psicólogos atendendo essas crianças vítimas de violência sexual e também adolescentes em conflito com a lei. A medida é para evitar que a criança e seus pais tenham que ir à delegacia ou ao fórum para relatar o fato. Isso gera desgaste e constrangimento à família. Esse trabalho será realizado por uma psicóloga, que irá até a residência dessas pessoas e irá elaborar um laudo. A partir daí, a polícia segue com os trâmites necessários”, informou Dr. David.

Andréia Francescon, do Conselho Tutelar local parabeniza a iniciativa. “É o depoimento sem dano, que resguarda a criança de muitas vezes ter que relatar o ocorrido em frente ao abusador, o que expõe a vítima toda vez que precisar falar sobre o assunto”, analisa Andréia. Em Porto Alegre (RS), a Justiça gaúcha utiliza essa metodologia desde 2002. Uma sala decorada com motivos infantis é o cenário para se ouvir crianças vítimas de abuso sexual.

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