Custos industriais terão reflexo no bolso do consumidor, aponta Campagnolo

Na última semana, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou a Copel (Companhia Paranaense de Energia) a aplicar um aumento de 24,86% nas contas de luz em todo o Estado. A justificativa apresentada pelo Governo do Paraná, é de que houve aumento de custos da empresa nos últimos meses com a compra de energia para atender aos consumidores. À princípio, o aumento seria de 35,05%. Diante da reclamação de vários setores, o Executivo estadual voltou atrás e renegociou, deixando os outros 10,19% para o próximo ano.

Além da preocupação dos usuários residenciais, os empresários já começam a calcular o custo final de produção diante do novo reajuste.    Conforme o presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Edson Campagnolo, o setor sofrerá sérios impactos, que deverão ter reflexo, principalmente, no bolso do consumidor, além de influenciar também na inflação.

Ressaltou Campagnolo, que o modelo energético praticado no Brasil, com a construção de usinas e a alta taxa de impostos, faz com que os consumidores finais paguem toda a conta. “Essa carga de tributos faz com a energia do Brasil seja uma das mais caras do Mundo, prejudicando significativamente a competitividade da indústria”, apontou.

Eleições 2014

Sobre o pleito deste ano, Campagnolo destacou um projeto desenvolvido pela Fiep, juntamente com o grupo Transparência Brasil, em que os eleitores paranaenses terão acesso à várias informações sobre os candidatos.

Outra iniciativa, em parceria com o G7, grupo que reúne as principais entidades representativas do setor produtivo do Estado, será uma campanha visando a conscientização do voto. “Nós vamos estimular as pessoas, para que na hora do voto, elas percebam quais são os candidatos e partidos mais comprometidos com o desenvolvimento do Brasil e que tenham um projeto de longo prazo, porque daqui quatro anos teremos eleições de novo, e será que esse projeto é um projeto de partido ou um projeto de Brasil? Nós vamos estimular que as pessoas participem, que não se omitam, pois se os bons não se envolverem, os maus vão tomar conta.”, finalizou Campagnolo.